Da Redação – O deputado estadual Orlando Morando realizou audiência com o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, na última sexta-feira (29/08), para obter novas informações sobre a Linha -18 Bronze, o metrô que chegará ao Grande ABC. E obteve boas notícias. O governo do Estado mudou a estratégia para a construção do Metrô ABC.
Após aguardar um ano e três meses recursos do Governo Federal para a captação de empréstimos internacionais para início das desapropriações, a gestão paulista agora aposta na renegociação da dívida com a União para obter nova classificação na relação de capacidade de endividamento e, com isso, poder contrair empréstimos junto a bancos nacionais.
O secretário afirmou que a repactuação da dívida dos Estados com a União trouxe outras perspectivas de negociações para a Linha 18. “Teremos prazo estendido para pagar nosso passivo em 20 anos. Com isso, o Estado volta a ter carta de crédito para obter empréstimos. Nossa intenção agora é conversar com bancos nacionais, buscar linhas de créditos no País. Estimamos que sejam necessários R$ 600 milhões para as desapropriações para começar os trabalhos no início do próximo ano. Com o canteiro colocado, o prazo de entrega é de quatro anos (em 2021)”, afirmou Pelissioni,
Clodoaldo disse a Morando que fez reunião com técnicos do Banco do Brasil e que vai procurar a Caixa Econômica Federal para analisar as linhas de crédito oferecidas por essas instituições. Também buscará recursos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) para a obra na região. “Outro fator que nos traz otimismo é o fato de o presidente (Michel Temer, PMDB, interino) nomear um técnico do Metrô para a Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana”, disse.
A Linha 18-Bronze tem programação de 15,7 quilômetros de extensão, passando por Santo André, São Bernardo, São Caetano e São Paulo, ao custo de R$ 4,26 bilhões, divididos entre recursos públicos e do Consórcio Vem ABC, privado.
Orlando Morando, que também é presidente da Comissão de Transportes na Assembleia Legislativa, questionou a postura do governo Dilma Rousseff com relação à Linha-18. “O projeto continua vivo, ao contrário dos que achavam que estava enterrado. Vejo que agora há boa vontade. Nos anos de Lula e Dilma não se investiu no Metrô de São Paulo, apenas no Ceará, Brasília ou Porto Alegre. Apesar dos atrasos, estamos otimistas que vamos ter o Metrô em São Bernardo”
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