Brasil ganha 5 medalhas no 1º dia das finais da Copa do Mundo de Ginástica

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Da Redação – Com saldo positivo para os atletas brasileiros e vibração da torcida, a Copa do Mundo de Ginástica Artística de São Paulo (SP) encerrou o primeiro dia das finais neste sábado (21), no Ginásio do Ibirapuera. O País alcançou o pódio em todos os aparelhos disputados, sendo cinco medalhas no total, e as perspectivas para domingo, segundo dia de decisão, são muito boas.

A competição tem início às 10h e contará com as finais do salto masculino, barra fixa, argolas com o campeão olímpico Arthur Zanetti, do solo feminino e trave, todas elas com a presença de representantes brasileiros. Os canais SporTV e o programa Esporte Espetacular, da Rede Globo, farão a transmissão.

No sábado, o solo masculino abriu a competição. O primeiro brasileiro a se apresentar foi Arthur Nory Mariano. Porém, com duas quedas, o ginasta não teve a nota esperada (12,950) e acabou ficando na oitava posição. Diego Hypolito veio logo em seguida e fez uma ótima apresentação, garantindo a medalha de prata, com 15,400. O ouro foi do chileno Tomás Gonzales, com 15,650, e o bronze do japonês Jumpei Oka, com 15,000.

Diego contou que optou por fazer uma competição segura e que o plano deu certo. “Hoje eu fiz uma série que dificilmente erro. Então, é sempre uma boa opção competir com ela ainda, até pela questão da classificação olímpica que está em jogo. As séries foram boas. Eu venho mantendo esse padrão desde o início do ano e estou bem satisfeito. Nada para reclamar. O Tomás foi realmente muito bem. Com essa nota ele poderia ser medalhista olímpico. Mas, dentro do meu trabalho do ano, eu fiquei muito satisfeito.”

Daniele Hypolito deu show no salto feminino com duas apresentações praticamente perfeitas. Ao final, a atleta, que conquistou o ouro com 14,125 (14,200 no primeiro salto e 14,050 no segundo), vibrou ao lado do técnico Alexandre Carvalho e agradeceu o apoio da torcida que incentivou o tempo todo. “Estou muito feliz e satisfeita por hoje, mas amanhã tem mais. Ainda temos muito trabalho a ser feito. Essa é mais uma competição que estamos vendo como uma avaliação para as Olimpíadas. Porém, ainda estão faltando muitos países que costumam vir para etapas de Copa do Mundo porque o calendário bateu com o Europeu. Por isso, estamos usando mais como avaliação para nós mesmos. Saí 100% dessa prova. Vim para fazer uma apresentação perfeita, cravada, e acho que foi isso que eu fiz. Nesse aparelho eu cumpri meu papel. Agora faltam mais dois, que são os mais fortes.”

A medalha de prata ficou com a alemã Michelle Timm, com 13,850, e o bronze com a finlandesa Annika Urvikko, com 13,700.

No cavalo com alças, o Brasil subiu ao pódio mais uma vez. Sérgio Sasaki fez uma prova forte e ficou com a medalha de prata ao somar 14,950. O ouro ficou com o japonês Kaito Imabayashi, com 15,150, e o bronze com Fuya Maeno, também do Japão, com 14,800. Caio Souza foi o quinto colocado, com 14,400.

Sasaki lembrou que todos os atletas da Seleção estão sendo constantemente avaliados e que eles precisam saber lidar com isso. “Temos que nos adaptar. Se hoje temos os resultados que temos é porque o trabalho está dando certo.”

As brasileiras também competiram muito bem nas assimétricas. Rebeca Andrade fez uma boa apresentação e garantiu a nota de 14,500. Com o resultado, conquistou o segundo lugar no pódio, atrás somente da venezuelana Jéssica Lopez, com 14,650. A alemã Kim Bui igualou a nota de Rebeca Andrade, e Lorrane Oliveira ficou em quarto, com 13,900.

Rebeca disse que saiu satisfeita e frisou a importância das competições que antecedem os Jogos Olímpicos para a preparação. “Fiz uma boa série. Eu poderia ter ido melhor, mas me esforcei, dei meu melhor e estou feliz com o resultado. Essas competições são boas porque nos ajudam a aprender a controlar o nervosismo e também para fazer testes. Pretendo dificultar minhas séries para as Olimpíadas porque precisamos para lutar pelos pódios”, contou.

As paralelas masculinas encerraram a programação do dia com mais um pódio para o Brasil. Francisco Barretto Júnior somou 15,000 e ficou com o bronze. A medalha de ouro foi para o colombiano Jossimar Calvo Moreno, que fez 15,550, seguido pelo companheiro de equipe Javier Sandoval, com 15,100. Caio Souza também teve um bom resultado com 14,750 e o quinto lugar.

“Tive alguns pontos muito positivos, principalmente por abrir um aparelho na final, por conta da pressão que existe. Estou contente com a minha série. Não foi a minha melhor. Eu sei disso e meu treinador também. Tive dois passinhos no começo que custaram a medalha de prata, mas estou contente por novamente representar o Brasil no pódio”, disse o atleta, que repetiu o resultado da Copa do Mundo de São Paulo de 2015. “Essa medalha representa uma série de fatores. Estou treinando muito. A disputa pela vaga para os Jogos Olímpicos não está sendo fácil. Todos estão se preparando muito. Nada melhor do que poder concluir uma competição com uma boa nota. Buscamos sempre uma nota acima de 15,000. Faz parte do processo, do caminho. Daqui para a frente tenho que buscar ajustar essas coisinhas para dar tudo certo.”

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