Meio Ambiente Ribeirão Pires resgata abelhas no Viveiro Municipal

Os insetos eram da espécie Iraí, que não possuem ferrão, e serão realocadas para o Parque Municipal Luiz Carlos Grecco

Da Redação – A Secretaria do Meio Ambiente, Habitação e Desenvolvimento Urbano realizou neste sábado, dia 30, o resgate de abelhas sem ferrão da espécie Iraí (Nannotrigona testaceicornes). O ninho estava localizado dentro de uma estrutura de concreto de um tanque inutilizado nas instalações do Viveiro Municipal e será transferido para uma área próxima ao Centro Educação Ambiental Bertha Lutz, localizado no Parque Luiz Carlos Grecco (Antigo Pérola da Serra).

O trabalho foi realizado com apoio de funcionários da Secretaria e contou ainda com a técnica de resgate do biólogo e monitor ambiental do Parque Estadual Cantareira, Guilherme da Silva Lopes. “O resgate é feito em último caso, quando realmente é necessário e a colônia sofre risco de vida! Deve ser feito por um profissional que já tenha experiência na área, que saiba fazer o manejo da espécie e qual modelo de caixa ideal deverá utilizar”.

O ninho da Iraí foi transferido para uma caixa para criação racional modelo INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), para melhor desenvolvimento da espécie.

Ainda de acordo com Guilherme, é fundamental conservar as abelhas nativas, pois elas realizam a polinização, um serviço essencial para reprodução das plantas, garantindo a produção de sementes e frutos com mais qualidade, servindo de alimento para a fauna e também na produção agrícola.

Abelha Iraí – A abelha nativa é pertencente a tribo dos Meliponini, costuma ser encontrada principalmente em zonas tropicais, nos estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo. Se adapta bem em ambientes urbanos.

Aviso – “O resgate só foi realizado para que a espécie possa habitar um local mais seguro e apropriado, lembrando que a Secretaria de Meio Ambiente, Habitação e Desenvolvimento Urbano não realiza esse tipo de ação”, explicou o zootecnista da Secretaria, João Paulo Marigo Cerezolli.