Cidade é a primeira do Grande ABC a oficializar parceria público-privada, que vai representar mais 29 leitos na cidade; prefeito busca novas parcerias
Crédito-foto: Presley Targino (PMM)
Da Redação – Frente ao avanço pelo Brasil do novo coronavírus (Sars-Cov-2), agente responsável pela doença Covid-19, o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi, assinou nesta terça-feira (31) o convênio que estabelece uma parceria público-privada com o Hospital Vital e a Medical Health, o primeiro acordo nesses moldes entre os municípios do ABC. Ao todo, serão até 29 leitos destinados para pacientes com a patologia, sendo 24 espaços de isolamento e cinco de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), equipados com novos respiradores.
A parceria foi firmada na sede da unidade hospitalar, com a presença de Atila, do secretário municipal de Saúde, Luís Carlos Casarin, e das equipes administrativas do Hospital Vital e da Medical Health. “Temos que buscar o melhor para as pessoas. Muitos falam da Economia, mas agora é o momento de falarmos de Saúde, porque não existe Economia sem gente. E hoje Mauá é a primeira cidade da Grande São Paulo a fazer essa parceria público-privada, porque agora é o momento de união para vencermos a guerra contra o coronavírus”, disse o prefeito.
Segundo Atila, o governo trabalha para tratar novos acordos com a rede privada, visando ampliar a cobertura de pacientes infectados pelo vírus. A administração municipal iniciou estudos para aumentar o número de leitos do Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini, que atualmente designou dez espaços para atender exclusivamente casos de Covid-19. O Paço também busca novos respiradores para a rede pública, além de contar com o mesmo esforço do Hospital Vital.
Nesta terça-feira, a cidade registrou dez diagnósticos positivos de coronavírus (sete de hospitais particulares e três da rede pública), 321 casos suspeitos, 39 descartados e, até o momento, nenhuma vítima fatal. “Mauá não está poupando esforços nessa batalha. Já saímos na frente com a inauguração dos três lavatórios públicos e vamos fazer mais. E reforço o pedido para a população ficar em casa e deixar a gente trabalhar para que juntos possamos vencer essa guerra”, pontuou o prefeito.
Decreto
Atila assinou nesta segunda-feira (30) o decreto municipal 8.684, já publicado no Diário Oficial e que altera parte do decreto 8.672, rubricado em 23 de março de 2020, que estabeleceu o estado de calamidade pública em Mauá, em decorrência da pandemia do Covid-19. As novas normas permitirão os funcionamentos de farmácias de manipulação e comércio de ervas medicinais; lojas de materiais de construção; estacionamentos até 300 metros de unidades de saúde, unidades de pronto atendimentos e hospitais; estabelecimentos de produtos agropecuários (sementes, fertilizantes, vacinas e remédios); comércio de embalagens; e atividades para pesquisa científica.
O prefeito destacou que a administração municipal exigirá o uso obrigatório de EPIs (equipamentos de proteção individual), atendimento fracionado à população para evitar aglomerações, e higienização frequente dos espaços coletivos. “Precisamos pensar na segurança da população e também dos trabalhadores de comércios de produtos essenciais. A nossa GCM (Guarda Civil Municipal) e fiscais passarão pelos estabelecimentos para averiguar as condições e segurança dos funcionários”, destacou.
Programa Feira Segura
O prefeito também autorizou o retorno de feiras livres, por meio do programa Feira Segura, já a partir desta semana, seguindo regras de segurança. Entre as diretrizes, estão o distanciamento de quatro metros dos lotes, três metros entre as barracas, obrigatoriedade da embalagem dos produtos hortifrúti. A separação por lotes será por quatro segmentos: lote um (alimentos, pastel, lanches, caldo de cana, sendo proibido montagem de tendas ou mesas), lote dois (pescados, aves e miúdos), lote três (hortifrúti, ovos e doces) e lote quatro (roupas, itens domésticos, calçados e similares).
Atendimento social
Em transmissão ao vivo pela sua página no Facebook na noite desta terça-feira, Atila também comunicou a reabertura dos restaurantes populares, das 11h às 13h, de segunda a sexta-feira, para fornecimento de refeições por marmitex. O Fundo Social de Solidariedade arrecadará doações para kits de alimentação e higiene, que serão destinados a famílias em situação de vulnerabilidade social, também contemplando alunos da rede pública de ensino. Os beneficiados precisam ter cadastro nas unidades do Cras (Centro de Referência de Assistência Social).
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