Márcio França quer edifícios abandonados como prédios residenciais

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Da Redação – O candidato à reeleição ao governo de São Paulo, Márcio França (PSB), disse nesta quarta-feira (26), que pretende transformar edifícios públicos abandonados, localizados no centro da capital, em prédios residenciais. O candidato ainda estipulou como meta para os próximos quatro anos ajudar as famílias que ocupam esses edifícios.

“Hoje, há 8 mil famílias morando em prédios abandonados, ociosos, em condições sub-humanas. Houve um acidente grave aqui em São Paulo, morreu gente. Não é admissível que a Prefeitura e o Estado não consigam dar um jeito nisso”, disse França.

“Com 140 mil reais, que é o custo de uma unidade habitacional do CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), a gente consegue fazer com que um particular compre e reforme um prédio abandonado e entregue pronto. Todas as repartições públicas que são do Estado sairão do centro e vão virar habitação. Vamos dar vida ao centro, como foi feito em outras partes do mundo”, garantiu.

Elevadores

Márcio França visitou o projeto piloto de um elevador movido a energia solar, que está sendo instalado no Conjunto Habitacional Jabaquara. A proposta, que deverá ser implantada em todo o estado, vai levar mais conforto, acessibilidade e facilitar a vida dos moradores.

“Vamos instalar elevadores em todos os prédios do CDHU do estado”, afirmou o candidato. “Há dois mil prédios no estado. Fizemos a conta, é possível! Isso vai melhorar muito a vida das pessoas, porque a população está envelhecendo e as pessoas vão ficando com mais dificuldade para subir escadas”, disse.

Os elevadores funcionam com um sistema de placas fotovoltaicas, utilizadas para converter a energia solar em energia elétrica. A sobra de energia é convertida em bônus pela Eletropaulo, o significa economia para os moradores, como explica a síndica Bruna Mendes: “a instalação das placas solares vai zerar o consumo de energia da área comum do condomínio que chega a 700 reais por mês.”

Além disso, destaca Bruna, “o elevador vai ajudar muita gente que mora em cima, chega com compra, criança. Eu mesma já quebrei o pé e tive dificuldades para subir as escadas. Não tenho nem o que dizer, a gente fica muito agradecida por estar sendo lembrada.”

Maiara Costa, que mora no sexto andar, contou como é o dia-a-dia: “sem elevador é bem difícil, porque saio cedo e tenho um menino de três anos. Ele desce dormindo e fica pesado carregá-lo. Também estou para fazer uma cirurgia, então o elevador vai ajudar bastante”, comemorou.

Segundo os engenheiros da obra, além do elevador piloto, estão sendo instalados uma rampa de acesso para o estacionamento do prédio e um CAC (Centro de Apoio ao Condomínio), para ajudar na manutenção do equipamento.

Urbanização de lotes

O candidato afirmou ainda que vai ampliar a oferta de moradias através da urbanização de lotes. A ideia é dividir os terrenos entre diversas famílias. Cada uma receberá uma verba de 8 mil reais e com esse dinheiro poderão construir suas casas. “Com isso, uma casa que sai de 120 mil a 130 mil reais, transforma em até dez lotes. É a maneira que nós temos para poder ampliar o número de moradias”, explicou. Ainda neste ano serão inauguradas cerca de 140 mil unidades, feitas ao longo de quatro anos.

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