Márcia Lia critica piora na alimentação escolar estadual

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Segundo a deputada, governo João Dória ampliou o número de itens industrializados na alimentação escolar da rede estadual de ensino

Da Redação – A decisão do governo de João Dória de aumentar itens industrializados na alimentação escolar em detrimento de produtos frescos causou indignação da deputada estadual Márcia Lia. Ela ocupou a tribuna da Assembleia para sensibilizar o governador sobre o aumento de produtos que pouco o nada contribuem para a boa nutrição dos estudantes.

“Infelizmente uma Medida Provisória do governo federal acabou com o Consea e com a política nacional de nutrição”. A mudança no cardápio da Rede Pública de Ensino de São Paulo começou logo em janeiro com a posse do novo governador. Vale ressaltar que além de oferecer a comida, o programa de alimentação pública tem a finalidade de promover a educação alimentar e nutricional.

A informação foi publicada na edição desta segunda-feira, 11, do jornal Folha de São Paulo. Na matéria, consta que o cardápio assinado por uma chef foi substituído por alimentos industrializados. Uma mãe de aluno informou que o filho teria comido arroz com farofa, em escola na cidade de São Paulo, no último dia 18. Nesse dia, a informação no Diário Oficial do Estado era de um cardápio com arroz com ervilha e farofa.

Em seu primeiro mandato, Márcia Lia realizou um trabalho consistente para ampliar a compra de alimentos produzidos nos assentamentos rurais pelas prefeituras e até pelo próprio governo estadual. “Lutamos muito para melhorar a alimentação servida aos alunos. O governo Alckmin servia carne enlatada, difícil de ser engolida; foi uma luta muito grande, inclusive de parte da imprensa, para que a alimentação fosse melhorada”, lembra a deputada.

Márcia Lia ressalta que a alimentação escolar não pode ser tratada de acordo com a vontade do gestor. “Temos feito muitos esforços para ampliar a oferta de alimentos produzidos nos assentamentos às escolas públicas, e agora vemos o Estado dando esse retrocesso como exemplo às prefeituras”, afirma. “Essa alimentação escolar é, muitas vezes, a única refeição de uma criança no dia, por isso precisa ser servida em quantidade suficiente e de boa qualidade”, diz.

FARINATA E MARQUINHA AZUL

O histórico do atual governador à frente da Prefeitura de São Paulo inclui decisões polêmicas e rechaçadas pela sociedade, no que se refere ao tema. Em 2017, o então prefeito lançou a farinata, uma mistura com a qual propunha incluir na alimentação servida aos alunos da rede municipal.

A farinata era feita com alimentos com validade perto do vencimento e que seriam descartados por produtores ou revendedores. Não teve apoio necessário para implementar e teve de recuar.

Em outra medida polêmica, os alunos que se serviam de alimentação recebiam uma “marquinha azul” no punho para indicar que não poderiam repetir o prato.

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