Da Redação – A democratização de praças esportivas, os cursos de formação, promoção de eventos e competições e o estímulo ao futebol de várzea, ao futsal e às equipes de alto rendimento, entre outras ações, põem em movimento mais de 40 mil pessoas na cidade, a partir dos 6 anos de idade. Mais do que a busca por títulos, o objetivo é dar à população a oportunidade de poder cuidar do corpo e da mente, além de promover a inclusão social e a cidadania.
A estudante Luana Fernandes de Oliveira, 16 anos, moradora do Bairro Montanhão, diz que era uma pessoa tímida até entrar para o Esporte e Cidadania, programa de iniciação esportiva que atende a 4 mil crianças e adolescentes em 18 espaços da cidade. Hoje, nas quadras, fez novas amizades: “Decidi que vou ser professora de Educação Física. Temos apoio do professor, boa formação técnica nos cursos e disciplina no dia a dia”, avaliou.
Participação e inclusão social são as marcas do Programa Esporte e Lazer da Cidade (PELC), em parceria com o Ministério do Esporte. Moradora do Parque Espacial, Diva Vieira Costa, 75, não praticava atividade física até conhecer o PELC. “Estava cansada de ficar em casa. Agora sou uma pessoa ativa, a ginástica é ótima para a saúde física e mental. Sou outra pessoa”, comentou.
O Programa Segundo Tempo, também em parceria com o Ministério do Esporte, atende mil alunos, entre crianças e adolescentes, de regiões que apresentam alto índice de vulnerabilidade social. As práticas esportivas são oferecidas no contraturno escolar, como futsal, futebol, handebol, vôlei, basquete, ginástica artística, atletismo e xadrez.
Moradora da Vila São Pedro, Rebecca dos Santos Silva, 9 anos, diz amar fazer esportes: “Minhas provas preferidas são corrida e salto em distância. Quero ser uma atleta famosa como minha professora e ganhar muitos troféus”, disse a pequena atleta.
Segunda casa – O Baetinha, como é carinhosamente chamado o Centro Recreativo EsportivoCultural (CREC) Odemir Furlan, é tão familiar a Noeli Pichirilo, 62 anos, que é como se fosse sua própria casa. Não é para menos: é no espaço que a aposentada pratica ginástica, dança e alongamento. Todas as atividades, oferecidas pelo Programa MovimenteAção, da Prefeitura, são adaptadas à terceira idade.
“Além da qualidade de vida, que melhorou muito, passei a ter mais convívio social. Fui comerciante no Baeta 27 anos, mas não tinha a oportunidade de bater papo, como acontece aqui, onde fiz muitas amizades”, afirmou.
Além das atividades físicas, Noeli disse que a professora organiza todos os meses um sarau com os alunos: “Vem cantores, tem poesia e a gente traz comes e bebes. Eu venho mais para aplaudir.”
Assim como Noeli, muita gente adotou o Baetinha como segunda casa. Apenas para recreação, as quadras de vôlei, basquete e futsal recebem cerca de 300 pessoas por fim de semana. Na piscina, são cerca de 400. Isso sem falar nos diversos cursos que são oferecidos: além de dança, alongamento, ginástica e pilates, para os idosos, iniciação esportiva, aulas de futebol soçaite, natação (cerca de 600 pessoas), judô e outras atividades para crianças, jovens e adultos.
Outro centro esportivo muito procurado é o do Taboão, o Ginásio de Esportes Benedito Pieralini Benaglia, onde são oferecidas aulas de futsal, vôlei e, por meio do Projeto Tigrinho, futebol a cerca de 120 crianças. Também há atividades para os idosos: ginástica, alongamento e yoga.
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