Da Redação – Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, maior liderança solta do Primeiro Comando da Capital (PCC) nas ruas, foi assassinado em uma suposta emboscada na reserva indígena de Aquiraz, a 30 quilômetros de Fortaleza (CE). Também foi encontrado na cena do crime Fabiano Alves de Souza, o Paca. O Ministério Público do Estado de São Paulo suspeita que o crime tenha sido motivado por disputas internas da facção.
As mortes teriam ocorrido na madrugada de sexta-feira, 16, e os corpos foram encontrados no sábado. Testemunhas relataram à polícia cearense que um helicóptero pousou na região e logo depois foi ouvida uma sequência de disparos. Investigadores paulistas acreditam que tenha sido montada uma emboscada contra Gegê e Paca. A mensagem da morte dos dois se espalhou rapidamente pelo sistema prisional.
Duas hipóteses principais estão sendo consideradas para o caso. A primeira, apontada por integrantes do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, é que a morte de Gegê tenha ocorrido em represália ao assassinato de Edilson Borges Nogueira, o Biroska, em 5 dezembro na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau. Ele possuía funções na Sintonia Final, cúpula da facção, e foi morto a golpes de estilete.
Outra possibilidade é que, na rua, Gegê estava ganhando mais poder do que os líderes presos do PCC desejavam. “Acredito que o Gegê tenha crescido demais e agiram para cortar essa liderança. Na rua, era o membro mais forte que o PCC tinha”, disse o procurador de Justiça do MP paulista Márcio Sérgio Christino, que atuou em investigações contra o PCC na década de 1990 e nos anos 2000.
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