Da Redação – No que foi provavelmente o final de semana mais caótico da história da Fórmula E, o brasileiro Lucas Di Grassi acabou sendo o piloto que mais ganhou posições durante a etapa de abertura da temporada 2018/2019, em Ad Diriyah, nos arredores de Riad, capital da Arábia Saudita. Apesar disso, o resultado da prova – que viu Lucas largar em 18º e chegar em nono – interrompeu a sequência de sete pódios consecutivos estabelecida pelo brasileiro, recorde absoluto na categoria.
Em uma região classificada como desértica, a chuva,surpreendeu os organizadores ao deixar a pista sem condições de uso, promovendo,alterações importantes na programação e na competição. Dos dois treinos,oficiais programados, um foi cancelado e o outro, substancialmente reduzido.
As tomadas de tempo foram realizadas imediatamente após o,curto segundo treino, marcado ainda por várias interrupções causadas por acidentes no piso escorregadio. Para o classificatório, todos os competidores foram para a pista sem tempo de fazer grandes alterações no ajuste de seus carros e em condições de piso instáveis.
Como resultado, vários pilotos não escaparam da verdadeira loteria que foi a sessão que definiu o grid, cujo formato também foi improvisado pelos organizadores para não prejudicar os competidores.
O brasileiro Lucas Di Grassi foi um deles e acabou obtendo apenas o 11º lugar no classificatório. Mais tarde, ainda antes da prova, uma discrepância técnica ocorrida durante as tomadas de tempo acabou por retirar de Lucas sua melhor volta.
Segundo a FIA, houve erro na calibragem da potência permitida nas tomadas de tempo, um problema que foi causado pela instabilidade do clima. E Di Grassi foi relegado ao 18º lugar.
Na prova, apesar do rendimento inesperadamente fraco do carro, Lucas manteve a calma e veio ganhando posições. No meio da corrida, o brasileiro ainda perdeu a potência extra oferecida pelo novo mecanismo chamado “modo de ataque”, devido a uma bandeira vermelha que interrompeu a prova para a retirada de um F-E acidentado. Na soma, apesar das dificuldades e diante do que foi possível alcançar, Di considerou relativamente positivo o resultado final.
“Foi uma corrida difícil, partindo de 18º lugar devido ao erro técnico da Audi. Conseguimos ainda chegar em nono e marcar alguns pontos. Agora vamos para Marrakesh renovados – e espero que sem penalidades. Vamos brigar por mais pódios”, avaliou o campeão mundial de 2016/2017.
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