Texto: Renata Nascimento/Beatriz Lucas – Crédito/foto: Fabio Tashiro (PMD)
Da Redação – Nesta segunda-feira, 8/4, o prefeito de Diadema, Lauro Michels, apresentou ao secretário de Saúde do Estado, José Henrique Germann Ferreira, três propostas para a criação do novo hospital na cidade, além de outras questões ligadas ao atendimento de saúde no município.
O encontro foi realizado na Secretaria de Saúde do Estado, na capital paulista, e contou com a presença do deputado estadual Márcio da Farmácia, da deputada federal Renata Abreu e do secretário de Saúde de Diadema, Luís Cláudio Sartori.
As três propostas envolvem responsabilidades dos governos municipal, estadual e federal para colocar em prática o hospital. “A população não pode esperar. Precisamos de uma solução rápida e efetiva. Durante anos, a Prefeitura deixou de assinar convênios para reformar e melhor equipar o prédio por não termos a titularidade do imóvel. Por isso é importante que tenhamos também o compromisso do Estado e do Governo Federal para beneficiar os munícipes. Estamos aqui para solucionar o problema da nossa cidade e buscar soluções, dando também alternativas. Mostrando que o município está lutando pela população”, ressaltou Michels.
Na primeira proposta, Diadema devolve o prédio à União, com o compromisso de que ele será administrado pelo Estado e União, já que a responsabilidade por atendimento de média complexidade está no âmbito estadual e federal e não no municipal.
Na segunda possibilidade, o município desapropriará uma área na Rua Oriente Monti, em compensação tributária, no valor de R$ 45 milhões, onde funciona um prédio com serviços municipais. O Estado e a União entram com o recurso para reformar o prédio e equipar o hospital com 168 leitos. Além disso, o Governo Federal doará o prédio atual do Hospital Municipal (HM) para o município readequar e instalar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), tipo 8, com atendimento 24 horas.
A terceira opção é aquela em que a Administração Municipal destinará um terreno na Avenida Ulysses Guimarães, com valor superior a R$ 20 milhões, e o Estado e a União se comprometerão a construir e equipar o novo hospital da cidade.
Além da criação do hospital, Diadema levou para discussão pautas como instalação da Rede Lucy Montoro e os equipamentos de endoscopia e colonoscopia que foram furtados do Quarteirão da Saúde.
“Nós vamos estudar as solicitações e vamos ver no que podemos ajudar”, declarou o secretário de Saúde do Estado, José Henrique Germann Ferreira.
Referência
O HM de Diadema conta com mais de 200 leitos distribuídos em clínica geral, pediatria, psiquiatria, traumatologia, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia, UTI, isolamento, entre outros, além do Pronto Socorro. O equipamento é considerado “porta aberta”, ou seja, o atendimento é feito a qualquer pessoa que chega ao serviço. Além dos moradores da cidade, o hospital é referência para vítimas de acidentes de trânsito dos sistemas Anchieta Imigrantes e Rodoanel e atende cerca de 18 mil pessoas mensalmente.
Para o atendimento de média complexidade, o HM conta com uma equipe de 1.100 profissionais e o município investe aproximadamente R$ 9,8 milhões por mês.
Histórico
Atualmente, o prédio onde está localizado o Hospital Municipal pertence ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e data de 1967. Por não ter a titularidade do imóvel, o município não consegue recursos para reforma estrutural, o que beneficiaria a população atendida e os profissionais que trabalham no equipamento.
Em 2 de abril, o prefeito de Diadema se reuniu com o ministro da Saúde, em Brasília, para solicitar essa questão. Na ocasião, o ministro Luiz Henrique Mandetta assegurou que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) irá suspender a retomada do prédio pela instituição, garantiu auxílio para concretizar a doação do prédio ao município, para que ele dê a destinação de seu interesse, e liberou o cadastro para dois projetos de Diadema na área.
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