Lançamento de documentário sobre artista plástica diademense

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Belezas da cidade de Diadema foram eternizadas por meio da história da artista plástica Ordalina Candido

Créditos-fotos: Isabelli Gonçalves/Débora Diniz

Da Redação – Nesta quinta-feira (28), foi publicado o documentário Ordalina Candido: Eu Sou o Povo nas plataformas digitais. Por meio das pinturas e histórias da personagem o público irá entender a força do trabalho social e como arte pode transformar vidas.

Além de conhecer os bairros de Eldorado e Inamar – Diadema. O projeto foi contemplado pelo edital 01/2015 do Fundo Municipal de Cultura de Diadema e tem como diretores Isabelli Gonçalves e Diaulas Ullysses.

O filme tem como fio norteador a investigação e análise documental sobre a vida e obra da artista plástica, que mesmo tendo uma vida com muitos altos e baixos, descobriu na arte seu legado. As cenas perpassam por seu trabalho como pintora, articuladora social e orientadora em artes plásticas na cidade de Diadema. Pensando em fortalecer o vínculo com a comunidade onde Ordalina é uma forte representante comunitária, além do filme artistas locais irão mostrar sua arte através de apresentações musicais, dança e poesia.

Neste ano o documentário circulou por diversos espaços culturais da cidade e a atividade deste sábado será uma grande comemoração e fechamento do ciclo do projeto, que entre outros planos, conta para os meses exibições em outras localidades.

28 de novembro – Documentário – Ordalina Candido: Eu sou o Povo

A artista e sua obra – Ordalina Candido, 73 anos, tornou-se referência de apoio e inspiração na região de Diadema por meio dos seus trabalhos nas áreas de Artes Plásticas e Cabeleireiro. Sua principal ação e o incentivo para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, a partir de aulas, produção de atividades culturais, auxílio a famílias, exposições abordando o respeito com a diversidade e o cotidiano da favela.

Como artista plástica possui trabalhos em Portugal, Noruega, Inglaterra, Dinamarca, Suíça, Austrália, França e Canadá, suas pinceladas abordam como tema principal as Favelas, descritas pela mesma como o Quilombo urbano.

No Brasil expôs em diversos espaços, entre eles: Universidade Pontifícia Católica – PUC – São Paulo com as “Favelas palco dos Sonhos” em 2002; Exposição Brasil 500 anos realizada na Sede do PoupaTempo Santo Amaro – Governo do Estado de São Paulo; Na faculdade Mackenzie em dezembro de 2003; No Metrô República em 2005; Exposição Beneficente na Inglaterra – através da entidade CARF-UK; Centro Cultural Eldorado em 2003 e 2011.

Nasceu no Paraná, onde enfrentou diversas dificuldades por conta de sua pele negra e sua origem humilde, entretanto, sempre teve como meta aprender e ser feliz, assim iniciou nas artes com seus 16 anos de idade e com o passar do tempo foi se aprimorando, com o sonho de se tornar uma pintora profissional.

Em 1962 trabalhou na antiga FEBEM, atual fundação CASA; anos após na Galeria 24 de Maio como trançadeira; até o momento que abriu o seu próprio salão na comunidade do Inamar na cidade de Diadema. Em 2003 começou a trabalhar em um projeto com crianças em situação de rua, interligado a ACER – Associação de Apoio a Criança em Risco e RCBF – Rede Cultural Beija-Flor, onde ensinava o cabeleireiro – com influências aos cabelos afros – e as artes plásticas, ambas utilizadas como ferramentas para a recuperação de diversos jovens e crianças que viviam em meio ao tráfico de drogas, violência física e psicológica, e outras situações da realidade conturbada dos centros urbanos.

Atualmente continua com seus trabalhos na área de educação, através de suas telas mostra o verdadeiro Brasil, com contraste social, fazendo uma reflexão sobre violência e preconceito. A cada pincelada e ação mostra a face da mulher negra guerreira que une as dificuldades sofridas pela população da periferia com a garra e perseverança afro-brasileira.

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