Da Redação – O Partido dos Trabalhadores foi condenado pela Justiça de São Paulo a pagar R$ 3,5 milhões, após acusação do Ministério Público de que a legenda fazia parte de um esquema criminoso de obtenção de propinas oriundas de empresas do setor de transporte de Santo André. Os fatos descritos na ação do Ministério Público teriam ocorrido durante a administração do prefeito Celso Daniel, que morreu em 2002.
O Juiz Genilson Rodrigues Carreiro, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Santo André, considera em sua sentença que “a minuciosa apreciação da prova, não obstante o esforço e o consistente trabalho dos patronos dos demandados, conduz à segura conclusão de que no segundo mandato de Celso Daniel à frente do Poder Executivo de Santo André, organizou-se e implementou-se verdadeira organização criminosa, articulada com o propósito de extorquir empresários do ramo de transporte público”, destaca na condenação.
Também foram condenados o ex-ministro chefe da Casa Civil Gilberto de Carvalho. A pena atribuída a ele foi a suspensão dos direitos políticos por 5 anos e pagamento de multa civil, equivalente a 50 vezes o valor da remuneração que ele recebia à época.
Na mesma sentença, foi condenado o empresário Ronan Maria Pinto, proprietário do jornal Diário do Grande ABC, que está preso em Curitiba, devido às investigações da Operação Lava Jato, que investiga desvios de verbas do setor público. Ronan, de acordo com a sentença terá de devolver R$ 3,5 milhões aos cofres públicos.
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