Com 19 anos, Crystoffer Firmino está entre os 12 paratletas brasileiros que participam da Competição Mundial Paralímpica
Crédito-fotos: Rodrigo Zerneri (PMM)
Da Redação – A cidade de Mauá representará o país na Competição Mundial Paralímpica de Jovens de Atletismo, em Notwill, na Suíça, entre os dias 28 de julho e 5 de agosto.
Ao todo serão 12 atletas e entres eles está um competidor mauaense: Crystoffer Patrick Vaz Firmino, de 19 anos, filho do Guarda Civil Municipal (GCM) Vagner Firmino, que atua na Segurança Pública do município há mais de 20 anos. Foi no esporte que o garoto enxergou uma alternativa para lidar com as condições causadas pela Síndrome de Arnold-Chiari, uma má formação congênita do sistema nervoso central que o levou a ter outros problemas físicos e de saúde.
A prefeita Alaide Damo se encontrou com a família nesta terça-feira (16) para desejar boa sorte ao atleta. “É uma honra saber que um rapaz tão jovem representará a nossa cidade e o nosso país em uma competição dessas. Eu só tenho que parabenizá-lo pelo trabalho realizado e desejar toda a sorte para que volte com a medalha de ouro para a casa”, diz a prefeita.
O desempenho de Crystoffer tem sido exemplar desde que entrou para o atletismo, aos 15 anos de idade e, a cada vez que corre, ele se propõe a vencer as próprias limitações. Já bateu cinco recordes na modalidade T-38, para paralisados cerebrais, de 1,5 mil metros e outros cinco na categoria de 800 metros, além de ser recordista das Américas na corrida de 5 mil metros.
“Sempre fizemos todo o acompanhamento médico de Crystoffer desde pequeno. Os médicos nos diziam que ele nunca mais poderia deixar de praticar esportes e foi por isso que sempre o incentivamos”, explica Eva Eli Vaz Firmino, mãe do paratleta. Mas, ele não é o único. A irmã mais nova, Evelin Paola Vaz Firmino, de 17 anos, compete nas modalidades olímpicas de atletismo e foi uma das vencedoras do Campeonato Paulista em junho.
“Meus filhos sempre praticaram esportes, os dois desciam de rapel comigo desde crianças. A Evelin começou com dois anos e o Crystoffer com 4. Passaram por basquete, natação, ginástica rítmica, ginástica artística e hoje estão no atletismo. É motivo de muito orgulho para nós”, destaca o guarda Firmino, pai da família.
Com todas as dificuldades enfrentadas, tanto por suas condições pessoais, quanto pela falta de apoio para seguir carreira no Esporte depois de perder o financiamento nacional, Crystoffer nunca deixou de acreditar em seu potencial. “Se eu tivesse ficado parado, hoje seria muito pior”, afirma. Casado e com um filho de um ano, ele viaja para a Suíça no dia 27 com a expectativa de trazer mais visibilidade para o atletismo paralímpico brasileiro.
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