Impressão 3D é uma alternativa viável para reconstruir peças do Museu Nacional do Brasil

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Da Redação – O incêndio no Museu Nacional abalou a nação inteira. Mantida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a estrutura era a instituição científica mais antiga do Brasil e o maior museu de história natural e antropologia da América Latina. Grande parte de sua coleção foi engolida pelas chamas, como dinossauros e fósseis humanos pré-históricos, artefatos indígenas e alguns dos documentos mais importantes da história brasileira.

Historiadores e pesquisadores ao redor do Brasil e do mundo acreditavam ter sofrido perdas incalculáveis. Porém, uma notícia divulgada hoje criou novas esperanças. Nesta sexta-feira, dia 19, técnicos da entidade encontraram entre os escombros fragmentos que representam 80% do crânio de Luzia, fóssil que representa um dos vestígios de Homo sapiens mais antigo das Américas.

A descoberta faz renascer uma luz para todos os brasileiros, que talvez não tenham perdido sido roubados tão cruelmente de sua herança histórica. Com os restos mortais e a tecnologia 3D disponível hoje em dia, é possível conservar e até replicar vários itens consumidos pelo fogo e perdidos pelo tempo. Casos ao redor do mundo – como a restauração da Great Pagoda pela 3D Systems, em Londres – comprovam a eficiência da prática.

No início deste ano, no Reino Unido, a organização Royal Historic Palaces (HRP) enfrentou um próprio desafio de preservação. Localizado no Royal Botanic Gardens, Kew, um patrimônio mundial da UNESCO, a Great Pagoda é uma famosa torre de 50 metros que foi concluída em 1762 como um presente para a princesa Alberta. Em sua inauguração, o prédio adornou quatro belas estátuas de dragões decorativas que foram removidas em 1780 para reformas e, por razões desconhecidas, nunca mais retornaram.

No entanto, mais de 200 anos depois, uma parceria entre a Historic Royal Palaces e a 3D Systems, uma empresa líder mundial em soluções de impressão 3D, devolveu os dragões à sua antiga glória cuspidora de fogo. O objetivo do projeto foi replicar autenticamente os dragões de maneira que eles pudessem resistir à devastação do tempo e a elementos naturais. Além disso, as digitalizações digitais tiradas são capazes reproduzir mais uma vez réplicas exatas dos Dragões, caso a ocasião surgir novamente em um futuro distante. Com os serviços On Demand da 3D Systems, os dragões foram impressos em máquinas SLS com material durável de nylon poliamida 12, capaz de produzir aparência e textura comparáveis às estátuas originais. Depois de alguns toques feitos à mão pela equipe da 3D Systems, os dragões estão descansando magnificamente no Grande Pagode mais uma vez, majestosos e em evidência para o público.

O mesmo pode ser feito com as centenas de artefatos destruídos no incêndio no Museu Nacional do Brasil. A tecnologia da 3D Systems tem a capacidade de criar peças de estúdio não em suas formas originais, mas em reconstruções impecáveis. A tecnologia de impressão 3D é altamente durável e versátil, permitindo que detalhes complexos sejam replicados de maneira econômica. Casos como a restauração da Great Pagoda em Londres provam que tecnologias 3D podem ser grandes aliados ao resgatar artefatos do passado. Afinal, apenas aqueles que conhecem bem seus passados podem construir um futuro mais promissor.

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