Da Redação – Desde 2013 o Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini de Mauá tem suas iniciativas sustentáveis premiadas no Seminário Hospitais Saudáveis (SHS), que em 2016 chegou à nona edição. O evento, que aconteceu nos dias 15 e 16 de setembro no Hospital Sírio-Libanês, na Capital, é organizado anualmente em parceria com a organização internacional Saúde Sem Dano e a Secretaria de Estado da Saúde.
Este ano o Nardini foi reconhecido pela ação de descarte correto de lâmpadas fluorescentes a partir da verba gerada pela venda de material reciclável. Foram premiadas 40 unidades de Saúde de todo o País que integram o Sistema Único de Saúde (SUS) e a rede privada.
Entre 2013 e 2016 o hospital deixou de mandar ao aterro sanitário 60 toneladas de materiais como papel, plástico e papelão. Com a venda mensal da coleta, que garante mensalmente cerca de R$ 300, o hospital custeia a destinação adequada das lâmpadas. O montante é recolhido pela mesma empresa que realiza a coleta do material reciclável.
Esta, por sua vez, encaminha à empresa especializada em descarte seguro de lâmpadas. O setor de Controle de Risco Hospitalar e Ambiental do hospital monitora as ações mediante envio de relatório mensal e certificados. Entre agosto de 2015 e agosto deste ano o hospital descartou de forma sustentável 3.700 lâmpadas.
A lâmpada fluorescente tem grande potencial poluidor e impactante ao meio ambiente e à saúde humana. Caso seja quebrada, causa a liberação de mercúrio, substância altamente nociva que pode levar à intoxicação. Se o vapor for inalado por quem a manuseia pode provocar graves problemas respiratórios. Com isso, a iniciativa agregou proteção à saúde do trabalhador e redução do impacto ambiental. Hoje, com o fluxo estabelecido e divulgado na instituição, as lâmpadas inservíveis têm local próprio e organizado para armazenamento.
“Com o engajamento das ações de promoção à saúde ambiental no hospital podemos demonstrar a importância do setor saúde estar envolvido com as questões ambientais. Tais ações nos permitem reverter o aumento na carga de doenças por causas ambientais e apresentar a oportunidade de contornar a escalada de custos na assistência”, comenta a responsável pelo setor de Controle de Risco Hospitalar e Ambiental da unidade, Ecimara dos Santos Silva.
Entre outras ações sustentáveis recentemente desenvolvidas no hospital estão o controle interno da qualidade da água; a reciclagem dos resíduos gerados pelas obras em andamento (pronto-socorro e maternidade) e dejetos ferrosos de infraestrutura; a substituição inicial das lâmpadas fluorescentes por lâmpadas LEDs e a elaboração do Plano de Educação Ambiental.
ADESÃO À REDE – Em 2013, para aderir o Projeto Hospitais Saudáveis (PHS), o hospital optou por assumir e desenvolver nove objetos que compõem a Agenda Global Hospitais Verdes e Saudáveis. Várias iniciativas já foram consolidadas e outras constam no Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde da instituição.
No seminário deste ano, os hospitais membros do PHS aderiram ao “Desafio 2020 – a Saúde pelo Clima”, que tem como objetivo mobilizar organizações de saúde de todo o mundo a implantar ações efetivas de redução na emissão de gases de efeito estufa, como o carbono.
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