História de Liliane Rebelo mostra que inglês é ferramenta de inclusão social

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Executiva da Cultura Inglesa conta como uma bolsa de estudos na instituição de ensino do idioma mudou radicalmente seu destino profissional e acadêmico

Da Redação – A paulistana Liliane Rebelo, 37, que hoje ocupa a posição de Head de Cultura e Sociedade na Cultura Inglesa, teve sua vida transformada pelo inglês. Criada apenas pela mãe, que atuava como costureira, a jovem vivia em uma pensão e sempre estudou na rede pública de ensino. Sem condições financeiras, mas com um desejo enorme de crescer e ajudar sua mãe, Liliane se inspirou em uma colega que falava muito bem inglês e passou a escrever cartas à Cultura Inglesa pleiteando uma bolsa de estudos. Depois de muita insistência, foi beneficiada e passou a estudar inglês na tradicional escola do idioma.

O aprendizado da língua aconteceu não somente nas aulas, mas também na vivência em atividades culturais. “Participei do grupo de teatro da minha unidade dentro de um projeto da Cultura Inglesa chamado Drama Groups e me apresentei em festivais. As aulas me educaram para a gramática, mas foi no teatro que descobri a minha a voz e ganhei segurança para falar inglês. Essa autoconfiança foi fundamental na superação de todas as dificuldades que encontraria na minha trajetória profissional “, conta.

De acordo com a executiva, o aprendizado do inglês cumpriu um papel fundamental em sua vida. “O inglês expandiu as minhas oportunidades de trabalho em uma etapa crucial de inserção profissional e busca pelo primeiro emprego. Dominar o idioma significou, então, um degrau de ascensão social, bem como uma ferramenta para o meu crescimento pessoal e profissional”, relata.

Ao ingressar na faculdade com apoio do financiamento estudantil, Liliane chegou ao fim da bolsa de estudos na renomada escola de inglês, porém passou a trabalhar no Conselho Britânico, coincidentemente localizado no prédio da Cultura Inglesa. Dessa forma, manteve a prática do idioma no seu dia a dia.

De estagiária a gerente de projetos, a profissional se especializou em gestão cultural e teve a oportunidade de morar no Reino Unido e trabalhar com organizações e projetos culturais de transformação social na Escócia, Índia e Nepal. Liderou programas na área de intercâmbio e cooperação internacional, acessibilidade na Cultura, ações com mulheres e artistas LGBTQIA+, projetos com jovens em situação de vulnerabilidade social, entre outros.

Depois de 14 anos no Conselho Britânico, Liliane voltou à Cultura Inglesa – desta vez, para assumir a posição de Gerente Sênior do departamento cultural da Cultura Inglesa, em 2018. “A sensação que tinha é que estava voltando para casa. O que mais me atraiu não foi a posição conquistada, mas sim a oportunidade de contribuir para que outras pessoas tivessem suas vidas impactadas e transformadas pela cultura e pelo aprendizado do inglês”, conta emocionada.

Atualmente, ela é responsável pela área de Cultura e Sociedade, que realiza o Cultura Inglesa Festival (CIF), assim como a gestão de um portfólio de projetos que vão desde a concessão de bolsas de estudos até o desenvolvimento de ações de impacto sociocultural. Também cuida da articulação de parcerias institucionais no Brasil e Reino Unido, contribuindo para a manutenção das relações culturais internacionais.”A atuação sociocultural da Cultura Inglesa é um compromisso firmado para com a sociedade, com o objetivo de contribuir para a democratização do acesso ao aprendizado do inglês bem como a construção um mundo mais igualitário, preparando crianças, jovens e adultos para serem cidadãos globais, culturalmente engajados e agentes de transformação social”, conclui.

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