Presidente Jair Bolsonaro autorizou atuação das Forças Armadas para combater atividades ilegais e frear avanço das queimadas; IBAMA vai contratar brigadistas temporários
Da Redação – Depois de uma semana repleta de manifestações nacionais e internacionais por conta dos incêndios ocorridos na Amazônia, o presidente Jair Bolsonaro anunciou, nesta sexta-feira (23), medidas para controlar a crise ambiental e tentar melhorar a imagem do país no exterior.
Em um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, o presidente disse que autorizou a atuação das Forças Armadas na região para combater atividades ilegais e conter o avanço das queimadas.
“Oferecemos ajuda à todos os Estados da Amazônia Legal. Com relação à aqueles que aceitarem, autorizarei operação de Garantia da lei e da Ordem, uma verdadeira GLO Ambiental. O emprego extensivo de pessoal e equipamentos das Forças Armadas, auxiliares e outras agências, permitirão não apenas combater as atividades ilegais, como também conter o avanço de queimadas na região”, disse o presidente.
O decreto que autoriza o uso das Forças Armadas vale para regiões de fronteira, terras indígenas, unidades federais de conservação ambiental e outras áreas da Amazônia Legal.
Os primeiros Estados do país a solicitar a ação dos militares federais em seus territórios foram Roraima e Rondônia. Outro Estado que tomou uma iniciativa para mudar a situação foi o Acre, decretando estado de emergência ambiental.
Além disso, foi publicado no Diário Oficial da União de sexta-feira (23), uma portaria que autoriza o IBAMA a contratar brigadistas temporários para prevenção e combate aos incêndios florestais nos Estados declarados em emergência.
Em seu perfil do Twitter, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, sugeriu a liberação de R$ 2,5 bilhões do fundo da Petrobras para a educação e para a Amazônia.
Já a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse que se for necessário, o Brasil pedirá ajuda internacional.
“Nós estamos vivendo uma seca grande, que todo ano a região Norte do país tem uma definição clara desta estiagem. A gente fica, às vezes, seis meses sem chuva; esse ano está mais seco e as queimadas estão maiores. O Brasil, se precisar de ajuda, vai pedir, com certeza, porque sabe da importância desse patrimônio que é a Amazônia para os brasileiros”, enfatizou.
Os incêndios na Amazônia vão ser discutidos na reunião do G7, marcada para este final de semana, na França. O G7 é formado por Estados Unidos, Alemanha, França, Itália, Canadá, Japão e Reino Unido.
Por meio de nota, o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, disse que na próxima terça-feira (27), vai instalar a Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas.
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