Da Redação – Com uma nova geração, a Seleção de Ginástica Artística Feminina é a oitava melhor do mundo. Logo na estreia em Jogos Olímpicos de três das cinco atletas, o grupo já conquistou esse resultado, o melhor da modalidade até o momento em Olimpíadas, assim como o de Pequim 2008. Após as apresentações desta terça-feira (9) na Arena Olímpica do Rio, as brasileiras fazem ainda finais do individual geral, com Rebeca Andrade e Jade Barbosa, e de trave, com Flávia Saraiva.
A pontuação total foi 172,087, menos de meio ponto atrás da Holanda, sétima, com 172,447. Os Estados Unidos confirmaram o favoritismo e conquistaram o ouro (184,897), seguidos por Rússia e China.
A experiente Daniele Hypolito abriu as apresentações do Brasil na trave, com 14,133 pontos. Finalista no aparelho, Flávia somou 14,833, enquanto Jade fez 13,033. No solo, foram 12,966 de Rebeca, 14,266 de Jade e 14,500 de Flávia. Já o salto foi o aparelho com o melhor desempenho da equipe hoje, com os 14,566 de Lorrane Oliveira, 14,933 de Jade e 15,400 de Rebeca. Para encerrar, nas paralelas, Lorrane fez 14,166 e Jade garantiu 14,391. Rebeca encerrou a participação do País com 14,900.
“Nós trabalhamos muito e só de chegar a essa final por equipe já foi uma conquista. Fizemos o nosso melhor e estou feliz pelo resultado”, comentou Lorrane, estreante em Jogos Olímpicos.
Quem também aprovou o desempenho do grupo foi Jade, afirmando que o trabalho realizado durante tantos anos vem dando cada vez mais resultados “Nós melhoramos como um todo e fiquei satisfeita. A trave não foi como eu gostaria, mas a minha performance nos outros aparelhos foram melhores do que na classificatória, inclusive na paralela, que era difícil para mim. Cada vez mais, tenho consciência maior da série e estou bem treinada”, destacou a finalista no individual geral.
Assim como Jade, Daniele também fez parte da equipe que ficou na oitava colocação em Pequim 2008. Segundo Dani, ambos os resultados ajudaram no fortalecimento da ginástica artística brasileira. “Eu tive a oportunidade de estar nessas duas equipes tão fortes. São ciclos com códigos diferentes, com países diferentes, mas as duas foram importantes. Com certeza, essa nova geração vem para ficar e trazer ainda mais resultados para o Brasil”, disse a ginasta, que já confirmou que esta deve ser a última Olimpíada da carreira. “Eu só tenho a agradecer a todos que me acompanharam e me ajudaram durante esses anos dedicados à ginástica. Obrigada pelo carinho de todo o público”, completou a ginasta de 31 anos.
A geração a qual Daniele se refere é liderada por Rebeca, de 17 anos, e Flávia, de 16. Classificada para a final da trave, o foco de Flavinha está voltado a isso neste momento, mas sem deixar de viver um dia de cada vez. “Eu estou adorando tudo aqui nas Olimpíadas. Estou muito feliz, pois estamos entre as oito melhores equipes do mundo. Agora vem a final da trave, mas quero viver uma coisa de cada vez. Primeiro eu penso em treinar, depois em fazer a minha série. Se vier uma medalha será legal, se não, que seja na próxima. Não estou me cobrando por isso”, afirmou, com propriedade.
Classificada para a decisão do individual com a terceira melhor colocação, Rebeca vai com tudo para a disputa. “Eu não devo mudar nada nas séries. A minha paralela está boa, na trave só preciso me manter firme, meu salto acertei na classificatória e na final de hoje. Então, é só treinar e manter. Darei o meu melhor como fiz todos os dias. Não é fácil chegar até aqui e estou muito contente por tudo. Nós trabalhamos muito para estarmos nesta final. Foi tão difícil, passamos por lesões, dores, mas conseguimos nos classificar e ainda ficar em oitavo, entre as melhores do mundo. Nós mostramos que podemos, que temos garra e força para darmos o nosso máximo.”, encerrou Rebeca, fã assumida das norte-americanas, que, segundo ela, são “surreais”.
Nenhum comentário on "Ginástica Artística feminina conquista resultado importante por equipe na Rio 2016"