Atendimentos, que superaram meta contratual, foram realizados entre abril e setembro sem prejuízo à rotina assistencial do AME
Da Redação – Gerenciado pela Fundação do ABC em parceria com o Governo do Estado, o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Sorocaba concluiu neste mês sua participação no mutirão estadual de cirurgias oftalmológicas. Foram pactuadas e realizadas 1.022 cirurgias de catarata e 1.200 consultas entre o período de abril e setembro. Para efeito de comparação, as metas convencionais de cirurgias nesta especialidade são de 480 por ano.
“Tivemos a oportunidade de contribuir com a estratégia da Secretaria de Estado da Saúde e atingir diretamente a população de 48 municípios. Agradeço muito o engajamento das equipes de todas as áreas da unidade, que aderiram ao projeto com muito entusiasmo e profissionalismo”, afirmou o diretor-geral, Marcos Paiva de Oliveira.
A oferta se deu por meio do Departamento Regional de Saúde (DRS-XVI) de Sorocaba, que fez a distribuição do quantitativo pactuado mensalmente aos municípios atendidos pelo AME. Todos os pacientes foram inseridos através da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS) por seus respectivos municípios. O critério para o agendamento foi a captação dos pacientes pelo Cadastro de Demanda por Recurso (CDR).
Para operacionalizar este volume dentro dos prazos e de forma segura foi necessária a mobilização de todas as áreas, uma vez que os atendimentos e procedimentos de rotina foram mantidos normalmente, sem prejuízo assistencial. Alguns pacientes aguardavam há muito tempo pela cirurgia de catarata. “Estou morando em Salto há oito meses e nunca vi um tratamento tão excelente”, declara Maria de Fátima Pinto, acompanhante da paciente Ernilhareini Lucio.
A CATARATA
A catarata está classificada entre as doenças que mais ocasionam cegueira no mundo. A principal causa é o envelhecimento, atingindo geralmente pessoas com mais de 50 anos. Trata-se de lesão ocular que atinge o cristalino, que é uma lente natural do olho situada atrás da íris, cuja transparência permite que raios de luz atravessem e alcancem a retina para formar a imagem. Com a doença, o cristalino, que é flexível e transparente, torna-se opaco.
O único tratamento é a cirurgia. Feito sob anestesia local, o procedimento é rápido, seguro, e permite que o doente volte a enxergar, com impacto direto na qualidade de vida. Consiste na retirada do cristalino danificado e substituição por uma lente intraocular artificial, que recupera a função perdida anteriormente. Na maioria dos casos, o paciente recebe alta no mesmo dia, algumas horas depois de ser operado, já com receituário e retorno agendado para acompanhamento.
Além do envelhecimento, outras causas que podem desencadear a catarata são o diabetes, uso sistemático e sem indicação médica de colírios – especialmente os que contêm corticoides –, inflamações intraoculares e traumas como batidas fortes na região dos olhos. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) também alerta para doenças como rubéola, sífilis ou a toxoplasmose durante a gravidez, que podem fazer com que o bebê nasça com catarata – é a chamada catarata congênita.
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