* Márcia Lia – A escolha do tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021 – “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor” – deu um passo importantíssimo para a discussão de uma chaga no nosso meio social: a dificuldade de amar o próximo como a si mesmo.
A Campanha toca justamente essa chaga aberta que sangra a cada palavra de ódio e a cada ato violento contra a diversidade que temos na sociedade. E se um dos principais ensinamentos cristãos é justamente o amor ao próximo, a campanha vem provocar essa discussão num momento de extrema gravidade política, econômica, social e sanitária.
É certo que uma tragédia em curso, o governo Bolsonaro, que agrava todas as outras tragédias que nos acometem. Por isso a nossa responsabilidade de trazer à luz temas sempre relevantes. Sermos diferentes em orientações religiosas, sexuais e ideológicas; sermos diversos em genética é fator de congregação social e não segregação.
É essa riqueza que nos transforma em seres vivos em evolução. É hora de refletirmos sobre a vida e o direito que cada um de nós tem a ela. Vida com dignidade, com amor e com respeito.
A propósito, a campanha tem a assinatura de oito movimentos cristãos brasileiros: Igreja Católica Apostólica Romana, por meio da CNBB; Aliança de Batistas no Brasil; Igreja Episcopal Anglicana; Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil; Presbiteriana Unida; Sirian Ortodoxa de Antioquia; Igreja Betesda; e o organismo ecumênico Ceseep (Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular).
Uma feliz ideia. Um tema excepcional para o mundo que estamos construindo.
* Márcia Lia é Deputada Estadual pelo PT de São Paulo e coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos e Democracia
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