Representantes das entidades falaram sobre desafios e oportunidades para a região
Da Redação – A terceira reunião do Fórum da Indústria do ABC, realizada nesta quinta-feira (04/08), na sede da Fundação Santo André, contou com a discussão atual do cenário da Indústria Farmacêutica e de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosmético. Foram apresentados desafios que surgiram como demandas para o Fórum e também de soluções, no sentido de oportunidades para a região.
O recorte feito pelo advogado do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos), Renato Rezende, apresentou os principais desafios do setor, com destaque para a tributação. “Hoje a indústria farmacêutica é muito dependente de insumos internacionais e temos que mudar isso. O grande vilão de toda indústria acaba sendo a carga tributária, que é muito elevada também no nosso setor. Esses altos impostos são somados à questão da burocracia, onde o ramo farmacêutico gasta 1.500 horas de trabalho por ano só para pagar impostos, enquanto nos outros países o número é bem menor”, disse.
Rezende também ressaltou a força da região para atrair as indústrias do ramo. “Uma solução tem que vir da própria região e, nesse sentido, acreditamos que a Agência de Desenvolvimento pode buscar atrativos para que a Indústria volte para o ABC, nós estamos à disposição para contribuir com isso”, comentou.
Karla Brandão, Diretora de Gestão, Comunicação e Marketing da ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), também citou a tributação como a grande dificuldade do setor, além da sustentabilidade.
“A Reforma Tributária é prioridade, nós somos o terceiro setor mais tributado do país, bem como a questão da necessidade de investimentos em sustentabilidade e descarbonização da economia. Nesse sentido, estamos em um momento de reaproximação com o ABC, reconstruindo, então seguimos abertos para discutirmos soluções conjuntas”, comentou.
O presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico Grande ABC, Aroaldo Oliveira da Silva, resgatou sobre o objetivo do Fórum e a necessidade de a região pautar as decisões de diversos setores.
“A ideia do Fórum é discutir o que vai ser da Indústria do ABC. De fato, a região não vai resolver sozinha, mas acredito que se estivermos organizados conforme região, nós podemos pautar tanto o poder público quanto os outros atores da sociedade. Os recortes feitos hoje destacam isso. O Sudeste, ainda é mais industrializado que as outras regiões, então precisamos ser a locomotiva dessa discussão. Nesse sentido, o Pacto Regional segue sendo modelado para apresentarmos e pautarmos os setores”, relatou.
Ainda conforme Aroaldo, entre os próximos passos do Fórum está o recorte da Ferramentaria na região, que acontecerá na próxima semana através de um encontro com representantes do setor.
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