Da Redação – A Epicondilitelateral, mais conhecida como “cotovelo de tenista” e seu apelido se dá pela facilidade com que essa patologia é encontrada em atletas que praticam esportes de arremesso, uma vez que é causada pelo movimento repetitivo do punho e dedos nas atividades. Porém, essa afecção é muito mais comum de ser encontrada do que parece e no Brasil, a média é de 150 mil casos por ano. A fisioterapeuta Ana Gil tira todas as dúvidas sobre ela.
Segundo a especialista, a epicondilite lateral é uma entesopatia, ou seja, afecção da inserção muscular, no caso, na região lateral do cotovelo, onde se inserem os tendões extensores de punho e dedos. “Atividades corriqueiras como ficar no computador por muitas horas ou praticar exercícios de ginástica e musculação de forma errada, podem propiciar o surgimento do cotovelo de tenista. A doença é mais comum em pessoas acima dos 40 anos”, comenta Ana Gil.
A fisioterapeuta acrescenta dizendo que os sintomas são fáceis de detectar. “Geralmente começa com uma dor na região lateral do cotovelo, que se estende até as costas das mãos, principalmente ao tentar carregar algum objeto. Fraqueza, sensibilidade e rigidez na região também ocorrem com frequência”, diz.
O diagnóstico da doença pode ser feito por um clínico geral, ortopedista ou reumatologista. “Na fisioterapia, tratamos a epicondilite através de exercícios específicos para a área. Não tratamos apenas a inflamação, mas sim o membro superior como um todo. Além disso, é muito comum ver pessoas com epicondilite, com complicações na cervical, então, precisamos corrigir a postura e reequilibrar músculos e articulações de todo o seguimento envolvido. Para isso a RPG (Reeducação Postural Global), pode ser uma grande aliada. Preventivamente, preparamos a musculatura, evitando a ocorrência e reincidivas, principalmente em clientes que realizam atividades que propiciam o surgimento desta patologia, como as que utilizam muitas horas o computador”, afirma Ana Gil.
A especialista diz que há formas de prevenir o cotovelo de tenista. “Utilizar a raquete mais indicada para cada pessoa, melhorar a técnica do gesto desportivo e pausas para alongamentos desta musculatura extensora, durante a atividade física. No caso do uso prolongado do computador, também é importante pausar para alongamentos ao longo do dia, além de procurar melhorar a postura e apoiar completamente o antebraço no braço da cadeira e/ou mesa, ao mexer no mouse”, finaliza.
Nenhum comentário on "Fisioterapeuta diz que a inflamação no cotovelo é comum e computador é um dos maiores vilões"