Filiação partidária tem relação de quatro mulheres para cada 10 homens

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Da Redação – Uma pesquisa feita pela Pulso Público a pedido do MTP (Movimento Transparência Partidária), que tem como coordenador o cientista político Marcelo Issa, mostra que a cada dez eleitores filiados a partidos políticos apenas quatro são mulheres. A maioria das siglas possui entre 40% e 46% de filiadas. Segundo a Lei de nº 9.504/1997, cada partido ou coligação deve conter no mínimo 30% e no máximo 70% de suas vagas para candidatura de cada sexo.

O Dia Internacional das Mulheres tem em seu histórico a luta pela igualdade. Em ano eleitoral, as mulheres, que representam 51,03% da população brasileira – dados do Censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) – deveriam representar pelo menos a metade do Congresso Nacional, mas sabemos que não é bem assim. Uma pesquisa feita em 2014 pela Secretaria de Políticas Para as Mulheres mostra que apenas 9,9% dos deputados federais eleitos em 2014 eram do sexo feminino.

Até então muitas conquistas já se concretizaram, como o direito ao voto, mas ainda é necessário garantir a participação plena e efetiva das mulheres em busca de uma política igualitária. O MTP acredita que os altos índices de violência contra a mulher ocorridos no Brasil têm a ver com a ausência delas na formulação de políticas públicas.

O desequilíbrio na distribuição entre homens e mulheres na política não é um problema exclusivamente brasileiro, mas sim global. A luta por direitos igualitários se tornou recorrente nas mídias e entidades como a ONU (Organização das Nações Unidas) com o seu projeto Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5 – Igualdade de Gênero e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) trabalham para diminuir essa desigualdade.

O crescimento de eleitores filiados às siglas passou de 8,4% para 11,4% (2009 a 2017), totalizando 16,6 milhões de filiados e comprovando que o crescimento do número de eleitores filiados a partidos políticos foi superior ao número de eleitores. A REDE e o NOVO são os únicos partidos que aparecem com menos de 40% de mulheres filiadas (REDE com 37% e NOVO com 13%).

A Nova Zelândia, em 1893, e a Finlândia, em 1906, foram os primeiros países a reconhecer o direito das mulheres ao voto. No Brasil, isso só aconteceu em 1932 durante o Governo Getúlio Vargas.

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