Da Redação – A indústria paulista fechou o mês de julho com demissão de 2 mil trabalhadores, queda de 0,08% na comparação com o mês anterior, na série sem ajuste sazonal. Na análise com ajuste, cede 0,10%. O resultado representa estabilidade para o período, avalia Paulo Francini, diretor titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon), área responsável pela pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo divulgada nesta quarta-feira (16/8).
No acumulado do ano, o saldo apurado está positivo em 8 mil postos de trabalho (0,37%), sendo esse o melhor resultado desde 2013, quando foram contratados 55,5 mil trabalhadores. “Alguns setores, como máquinas e equipamentos, produtos de borracha e veículos automotores surpreenderam com contratações, influenciados pelas exportações que têm ganhado fôlego”, destacou.
Francini argumenta ainda que “o equilíbrio é muito bom para quem vinha em sucessiva queda, mas para quem busca crescimento, ainda não é”, concluiu. Entre os 22 setores acompanhados pela pesquisa para o mês de julho, 9 ficaram positivos, com destaque para o de máquinas e equipamentos (1.426); produtos de borracha e de material plástico (1.142); veículos automotores, reboque e carrocerias (1.107).
Do outro lado, 11 ficaram no campo negativo, com destaque por conta de produtos alimentícios, fechamento de 2,07 mil vagas; produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-1,6 mil) e couro e calçados (-1,08 mil). Houve estabilidade em 2 setores.
A pesquisa apura também a situação de emprego para as grandes regiões do estado de São Paulo e em 36 Diretorias Regionais do CIESP. Por grande região, a variação no mês ficou negativa, além do Estado de São Paulo (-0,08%), também no interior paulista (-0,11%) e na Grande São Paulo (-0,03%).
Entre as 36 diretorias regionais, houve variação nos resultados. Nas 16 que apontaram altas, destaque por conta de Matão (1,50%), influenciada pelo setor de máquinas e equipamentos (2,23%), produtos alimentícios (0,91%); Piracicaba (1,17%), por máquinas e equipamentos (3,40%) e produtos de metal (3,85%) e Cotia (0,79%), por máquinas e materiais elétricos (7,02%) e veículos automotores e autopeças (5,32%).
Já dos 16 negativos, destaque para São José do Rio Preto (-1,60%), por produtos alimentícios (-4,04%) e coque, petróleo e biocombustíveis (-0,96%); Sertãozinho (-1,39%), influenciado por produtos alimentícios (-1,42%) e produtos de metal (-4,51%) e Araçatuba (-1,13%), por artefatos de couro e calçados (-1,72%) e coque, petróleo e biocombustíveis (-1,25%).
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