* Carlos Alberto Coquinho Bazani – O tradicional Festival Andreense de Música Popular (Famp) revelou muitos talentos, mas nem chegou a completar a maioridade, tendo resistido bravamente por 17 anos (1971 – 1988).
Idealizado, produzido e realizado pelo ator, diretor, teatrólogo, produtor cultural e comerciante Augusto Maciel e sua idealista e competente equipe, o Famp foi por 17 anos um dos maiores eventos culturais e artísticos do Grande ABC e do Estado de São Paulo.
O festival se tornou uma rica usina de talentos e um precioso instrumento de difusão cultural, incentivador e gerador de grandes nomes para o cenário da nossa MPB, que alcançaram merecido sucesso e obtiveram êxito em nosso país ou mesmo fora dele. O Famp tornou-se um sucesso de público e crítica especializada, sendo destaque em todos os veículos de comunicação.
Nomes como Maria Marta, Geraldo Rosa, o maestro conhecido internacionalmente Wilson Sukorski (Dentinho), Carlinhos Kalunga, Formiga, Russo, Saulo de Tarso, Rafael Zé Terra, Rafael Guelta, Enzo Ballarini (Magoo), Artur Nogueira, Sinésio Dozzi Tezza e tantos outros. Sem falar nas bandas e grupos musicais que se apresentaram no Famp: Equipe 4, Porão 99, Os Botões, O Terço, 14 Bis, UniSamba, entre outros.
Em suas diversas edições, o corpo de jurados do festival era composto por membros dos mais variados segmentos, como artistas, jornalistas, políticos, líderes comunitários, etc. Podemos destacar algumas pessoas que participaram e colaboraram com o Famp: Tony Campello, Decio Pitignini, Toni Hosanah, Inajá Bevilacqua, Miller Paiva e Silva, Sônia Guedes, José Armando Pereira da Silva, Serafim Vicente e o ex-prefeito Antonio Pezzolo.
As semifinais do primeiro festival aconteceram no Teatro da Igreja do Bonfim, no Parque das Nações, e a finalíssima foi realizada no Cine Tamoio, no Ipiranguinha, com mais de 1.200 presentes. A premiação dos vencedores foi no Cine Teatro Scasa, tendo sido eleita como a melhor canção “O Sol”, de Enzo Ballarini (Magoo).
Até o ano de 1988, as edições do Famp tiveram um único endereço: o Teatro Municipal de Santo André, que se tornara pequeno pela dimensão e grande sucesso do evento.
Esperamos que em breve possamos reeditar um novo Famp, com novos projetos, desafios e descobrimento de futuros talentos artísticos. As nossas saudações ao amigo Augusto Maciel e equipe, que tanto contribuíram para o desenvolvimento cultural de nossa cidade, tanto na música quanto no teatro amador e profissional.
* Carlos Alberto Coquinho Bazani é natural de Santo André. Foi colaborador do Jornal Informação Resumo Jovem; da Gazeta do Grande ABC; da Rádio Orion FM e trabalhou na Assessoria de Comunicação e na Secretaria de Educação Cultura e Esportes de Santo André. É membro eleito do Conselho Diretor do Fundo de Cultura, além de coordenador do Bloco O Beco do Conforto. Contato com o colunista: carlosalbertobazani@gmail.com.br
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