Foco da ação nacional é respeito às mulheres, equidade de condições no trabalho e exigência de acolhimento às bancárias da Caixa. “Crimes como os denunciados por empregadas da Caixa são intoleráveis e precisam ser denunciados para que os culpados sejam devidamente punidos e o ambiente de trabalho seja pautado por respeito, valores morais e elevados padrões de conduta”, afirma Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal |
Brasília, 05/07/2022 — Bancários de todo o país realizam, nesta terça-feira (5), Dia Nacional de Luta contra o assédio moral e sexual. Idealizado pelo Comando Nacional dos Bancários, o objetivo da ação é intensificar as denúncias de assédio no ambiente profissional sofrido tanto por trabalhadores do setor financeiro quanto por outros segmentos da sociedade, além de reforçar a exigência das devidas apurações de casos relatados em instituições como a Caixa Econômica Federal. “Crimes como os denunciados por empregadas da Caixa são intoleráveis e precisam ser denunciados para que os culpados sejam devidamente punidos e o ambiente de trabalho seja pautado por respeito, valores morais e elevados padrões de conduta”, destaca o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto. O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e diretor de Administração e Finanças da Fenae, Clotário Cardoso, ressalta que o Ato reforça a indignação sobre a forma “desrespeitosa e criminosa” como empregadas do banco público eram tratadas por Pedro Guimarães e outros integrantes da direção da empresa: “Colocando em risco a saúde e a carreira dessas mulheres. Colocando em risco a vida de pessoas”. Cardoso ainda acrescenta: “Vamos mostrar à população que a Caixa é uma instituição séria, centenária, que tem total compromisso com o povo brasileiro, ao contrário deste (des)governo”. O coordenador da CEE também reafirma a necessidade de apuração das denúncias de assédio sexual e moral no banco público e a responsabilização dos culpados. “Assédio sexual é crime. E, se é crime, os culpados têm que pagar por isso, têm que ser punidos”, enfatiza. ASSÉDIO MORAL — Sergio Takemoto lembra que a opressão vivida por trabalhadores da Caixa já vinha sendo alertada pela Fenae. Pesquisa divulgada pela Federação, este ano, revelou o aumento da quantidade de empregados do banco público a assédio moral: 6 em cada 10 bancários afirmaram ter passado por este tipo de situação. Em estudo anterior encomendado pela Fenae à Universidade de Brasília (UnB), o índice chegava a 53,6%. A atual pesquisa, que ouviu mais de três mil trabalhadores da Caixa em todo o país, também comprovou que o trabalho no banco estava afetando a saúde de 80% dos empregados. Trouxe, ainda, outros dados alarmantes: 33% estavam afastados por depressão, 26% por ansiedade, 13% por Síndrome de Burnout e 11% por Síndrome do Pânico. |
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