* Leandro Giudici – Após ultrapassar a barreira do impeachment, o país se volta às suas causas mais urgentes. É hora de ajuntar os cacos e tentar colá-los. Enquanto isso a nossa juventude está empenhada em ocupar escolas. E o que isso representa efetivamente pela melhora na educação do país, uma das mais pífias do planeta há várias décadas e uma das principais vítimas do desgoverno do PT? Absolutamente nada! Mas diz muita coisa sobre a atual geração.
A ‘invasão’ das escolas, corrigindo o termo usado acima, próprio de um grupelho de desocupados que possuem o MST como modelo nada mais é do que o reflexo puro e perfeito da intoxicação mental pela qual a atual geração foi submetida durante os 13 anos de domínio da esquerda no país.
Não há como imaginar que essas invasões representem algo que não seja a retaliação dos partidos de esquerda por terem sido retirados do poder. Invadir uma escola impedindo que outros alunos estudem, completem seu ano letivo na já frágil educação brasileira é o que há de mais absurdo e inaceitável no direito de liberdade dos cidadãos.
Nem mesmo se forem virados de ponta cabeça, não há nesses jovens um pingo sequer de idealismo. Se houvesse, há muito tempo haveriam manifestações pelas péssimas colocações do Brasil nos rankings mundiais de educação (o Brasil é número 60 em uma lista de 78 países, segundo a OCDE), assim como pelas escolas de lata e sape Brasil a fora, pelas longínquas escolas dezenas de quilômetros distante de comunidades no norte e nordeste, assim como também em 2015 quando o setor teve cortado cerca de 10,5 bi do orçamento pela ex-presidente Dilma Rousseff cujo lema de governo era ‘Pátria Educadora’.
O que eles querem é estar entre pseudos revolucionários, uma espécie de acampamento de férias permanente, onde um alimenta a ilusão do outro regado à maconha bancados pelos pais. Pais esses que estudaram, – ou que não tiveram a oportunidade de estudar – para ter algo na vida. Esses invasores não sabem o que é meritocracia nas conquistas, são papagaios que aprenderam a história a partir da ótica petista, aprenderam que conquista são direitos, jamais deveres.
Nesta semana, um jovem de 16 anos foi encontrado morto a facadas dentro de uma das 835 escolas invadidas no Paraná. As suspeitas são que o jovem tenha se desentendido com outros após uso de drogas. A grande mídia, é claro, não deu grande repercussão ao caso. Nada anormal, afinal, luta e sangue, são duas palavras que os comunistas sempre fazem combinar.
Há ainda professores que são covardemente agredidos e obrigados a interromperem seu trabalho por moleques (aqui cabe o sentido mais pejorativo possível), isso tudo com o apoio de outros professores que consideram os atos o ápice da cidadania juvenil. Como se vê, trata-se de um surto que avança região a região e precisa urgentemente ser combatida, afinal, nada pode ser mais trágico do que dar ouvidos a quem não quer estudar.
Na contramão dessa estupidez, alunos criam o movimento ‘Desocupa Já’, que bem poderia ser ‘Desinfeta Já’, como grande exemplo da ETEC e os alunos da pequena Ampere-PR que retomaram as unidades. Estudar muito é ainda o mínimo e o melhor que esses jovens poderiam fazer para o futuro do país. Ocupação, mas de mentes, de algo produtivo, importante, é isso que falta a eles.
* Leandro Giudici é jornalista e comunicador de rádio
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