Fábrica de Sal de Ribeirão Pires é tombada como bem cultural

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Crédito – foto: Gabriel Mazzo (PMETRP)

Da Redação – Na última terça-feira, dia 27 de fevereiro, a Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo publicou no Diário Oficial o tombamento do edifício do Moinho Fratelli Maciotta, conhecido popularmente como a antiga Fábrica de Sal, pelo CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo.

O pedido de tombamento do local foi feito em 2015, após o trabalho conjunto de historiadores e memorialistas do município, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio, com estudo técnico e histórico anexado pelo CATP – Conselho de Defesa do Patrimônio de Ribeirão Pires.

O tombamento do edifício e de seus arredores intensifica todas as ações da atual gestão para promover a preservação do patrimônio histórico e cultural e o fortalecimento do turismo local e de toda a região.

Ribeirão Pires desfruta do título de Estância Turística e precisa colocar em prática a política de preservação de seu patrimônio cultural e natural integrado ao Plano Diretor de Turismo e ao Plano Diretor da Cidade. O tombamento deste importante patrimônio dá suporte ao nosso título de Estância e intensifica futuras ações de fomento ao setor turístico”, afirma o prefeito de Ribeirão Pires, Adler Teixeira – Kiko.

O Moinho – O edifício foi, inicialmente, projetado pelo engenheiro italiano Federico Maciotta e abrigou o Molino Di Semole Fratelli Maciotta. O local pertencia aos irmãos Federico, Ottavio e Anacleto, vindos do norte da Itália para o Brasil no ano de 1895.

Em janeiro de 1898, o moinho iniciou suas atividades e, possivelmente, encerrou em 1899, antes da inauguração do Moinho Matarazzo, datado no ano de 1900, na cidade de São Paulo. Em 1916, o local foi leiloado, adquirido por Palaride e Giuseppe Mortari e transformado em um moinho de fubá. Em 1932, foi usado como depósito de pólvora de guerra, em razão de um decreto estadual que obrigava os galpões industriais a servirem à Revolução Constitucionalista.

Encerrada a revolução, o local foi fábrica de adubos, fábrica de salitre, criadouro de bicho da seda e, finalmente, indústria de refino de sal. No ano de 1943, Carmine Cotellessa compra a área e instala a Indústria e Comércio de Sal C. Cotellessa, que fabricava o sal Rodolfo Valentino, entre outras marcas. O espaço fecha no ano de 1990, sendo desapropriado judicialmente, em 2001.

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