Exposição Cadernos de Artista é atração no Lona Galeria, em S.Paulo, a partir de 28/8

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Com visitação presencial e on-line, 50 obras de 23 artistas mostram, através de seus cadernos, ideias, conceitos e materiais

Da Redação – Caderno de artista é uma exposição coletiva de 23 artistas e a partir de 28 de agosto, sábado, estará aberta ao público no anexo LONA Galeria, localizada no Centro de São Paulo, com visitação presencial em horários agendados, seguindo os protocolos de medidas sanitárias. Terá também visitação virtual 3D com acesso liberado dias depois da inauguração presencial.

O projeto surgiu da necessidade de explorar outros suportes para a expressão artística. Desta forma, a galeria encomendou cadernos em branco e entregou para 23 artistas, podendo assim assumirem distintas finalidades: suporte para teste de materiais e técnicas, bloco de notas, diário visual, entre outras. O caderno é um recurso que possibilita o artista acompanhar seu próprio processo, observando e refletindo sobre sua prática e pode ser também um recurso de sua formação.

A ideia de um projeto com cadernos de artistas partiu do responsável pela LONA Galeria, Duilio Ferronato, mas só se concretizou a partir de um encontro, com o curador e editor Eder Ribeiro, que trabalha na orientação de diversos artistas, e se juntou a exposição assumindo a curadoria. “Eu já tinha essa fixação por cadernos de artistas. Sempre quando vou a ateliês eu olho os cadernos, os rabiscos. Cadernos de artistas é uma expressão de arte muito interessante, e quando conheci o Eder eu pensei que ele era o cara que estava me faltando para dar o primeiro passo e iniciar este projeto, pelo contato e conhecimento dele no cotidiano de criação de tantos artistas”, explica Duilio.

Eder esclarece que as obras possuem temas livres, mas são conectadas com as pesquisas visuais de seus autores. Segundo ele, também houve a possibilidade de convidar os artistas para expor alguns cadernos que eles fizeram ao longo da carreira. “Nós vamos fazer uma seleção e entrar junto com esses cadernos produzidos para o projeto”.

Para os artistas o material comporta grande importância em seus processos. Eles revelam caminhos, considerando que eles buscam as questões de suas pesquisas produzindo e indagando sobre suas próprias produções. “Uma artista, por exemplo, fez uma série só de gravuras, é um conjunto de imagens a partir de uma técnica. Outros fazem livremente desenhos, rabiscos ou fazem teste de materiais. Tem alguns que colam tecidos porque estão fazendo pesquisas sobre materiais. Mas no final todos eles são cadernos de artistas e são objetos artísticos, mostrando momentos, conceitos e criações de cada um”, explica Eder, com exemplos do que está por vir na exposição.

Sobre Duilio

Duilio Ferronato nasceu em Avaré em 1963, interior de SP, aos 6 anos foi para São Paulo e estudou no colégio dos padres Agostinianos. Aos 19 anos foi para Londres estudar Artes Visuais, no London College, terminando o curso voltou para São Paulo. Trabalhou na Tok Stok e diversas lojas pelo mundo. Formado também em Arquitetura, passou a escrever para as revistas TPM, TRIP e GMagazine e jornal Folha de São Paulo, e depois foi estudar cinema em Cuba. Escreveu roteiros e fez programas de TV. Trabalhou de cozinheiro num navio, viajou pelo mundo cozinhando. Foi estudar na Cordon Bleu em Paris. Voltou para São Paulo e foi sócio de um restaurante, mas acabou voltando para as artes. Agora escreve, faz curadorias e tem uma galeria com o marido, a LONA galeria.

Sobre Eder

Eder Ribeiro é curador e editor brasileiro, baseado em São Paulo. Possui mestrado em Arquitetura (Ecole National Superièure d’Architecture Paris Malaquais) e Artes visuais/Fotografia (Université Paris 8). Tem como principais eixos de pesquisa, a fotografia vernacular/anônima, a fotografia contemporânea e o fotolivro. Colaborou com as galerias Le Douches la Galerie (Paris) e RocioSantaCruz (Barcelona), com a ABACT (Associção Brasileira de Arte Contemporânea) e com a Feira de publicações ArtsLibris, (Barcelona). Em 2017 criou o projeto esquina de pesquisa curatorial (Fotografia e além- 2017, A ilusão da casa -2018), do qual foi curador e produtor. Coordena dois Grupos de Estudos ligados à narrativa fotográfica e o fotolivro, na Casa Contemporânea em São Paulo e em Ribeirão Preto, além de ministrar curso de linguagem fotográfica e publicação na Escola Portfolio de Curitiba (PR). Produziu e fez a curadoria da exposição de publicações foto-texto (fotolivros, livro de artista e fanzines), e When we left to the moon de Vitor Bossa, ambas em 2020, na Casa Contemporânea/São Paulo. Foi um dos organizadores do Festival IMAGINÁRIA (2021)., dedicado ao fotolivro. Atualmente se dedica principalmente à edição de fotolivros e livros de artista, prestando assessoria a diferentes artistas, através da alter edições, casa de edições independentes.

Sobre a LONA Galeria

A LONA Galeria abriu suas portas na Barra Funda em março de 2019. Uma parceria entre o curador Duílio Ferronato e o artista Higo Joseph. Com foco em artistas que estão iniciando a carreira e em ascensão, com potencial artístico e de mercado, a galeria apresenta exposições individuais e coletivas, produzidas através de curadores parceiros. Conta com dois espaços: a galeria, em um sobrado no bairro da Barra Funda e o anexo, localizado no primeiro andar de um edifício histórico no centro de São Paulo. Tem como missão a inserção de artistas emergentes no circuito e um primeiro contato com o mercado e instituições de arte, como também o incentivo a novos colecionadores.

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