Da Redação – Em discurso realizado em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC nesta segunda-feira (4), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas ao vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), que pode assumir o comando do País caso o impeachment de Dilma Rousseff seja aprovado.
Lula falou por cerca de 35 minutos em cima de um carro de som. “Eu não tenho nada contra o Michel Temer. A única coisa que eu poderia falar é: companheiro Temer, se quiser virar presidente da República, disputa eleição, meu filho. Esse negócio de tentar encurtar o caminho pra chegar lá não dá certo”.
O ex-presidente ainda convocou a militância a ocupar as ruas no dia da votação do impeachment – que ainda não tem data marcada, mas deve ocorrer em até duas semanas. “Daqui pra frente a gente não pode parar. É importante a gente estar preparado e começar a convocar já. No dia que for colocado em votação o impeachment, nós temos que estar nas ruas desse país. Não vamos permitir que nossa Constituição seja rasgada”, afirmou.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, 5 mil pessoas estiveram no ato. A Polícia Militar calcula que 1,3 mil pessoas participaram. Ruas no entorno do sindicato ficaram interditadas. Quase todo o ato ocorreu de forma pacífica. O único – e rápido – momento de stress ocorreu quando moradores de um prédio próximo ao sindicato começaram a gritar palavras de ordem contra o PT.
O evento contou com a participação dos três prefeitos petistas do ABC, Carlos Grana (Santo André), Luiz Marinho (São Bernardo) e Donisete Braga (Mauá). “Estamos programando uma série de mobilizações. Será necessário mobilização constante”, afirma Marinho. “Não vai ter golpe porque os fundamentos que foram apresentados nessa denúncia são inconstitucionais. O Brasil não vai aceitar que ocorra um golpe de Estado, seja jurídico ou legislativo”, defende Grana.
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