Da Redação – O governo do Estado de São Paulo lançou nesta segunda-feira, 19, uma nova ofensiva para evitar o avanço do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, no próximo verão. Trata-se da terceira fase da campanha estadual “Todos juntos contra o Aedes aegypti”, que contará com quase 20 mil agentes municipais e estaduais em atuação por todo o Estado.
Em 551 cidades paulistas 30,2 mil profissionais farão atividades extras aos sábados, visitando imóveis e removendo criadouros. Os agentes serão remunerados pela Secretaria de Estado da Saúde com base em convênios firmados junto às prefeituras que prevê o pagamento de diárias extras no valor de R$ 120 por profissional.
As ações, programadas pela Sala de Comando e Controle Estadual das Arboviroses, coordenada pela Secretaria de Estado da Saúde e a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, incluem a varredura de focos do mosquito em imóveis públicos, privados e baldios, com eliminação de criadouros, remoção mecânica, tratamento químico (quando necessário), bem como a difusão de orientações à população.
Além disso, um efetivo de mil agentes da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), 500 a mais do que em anos anteriores, estará à disposição dos municípios para apoio em ações de nebulização para matar o mosquito em fase adulta.
Também será realizada campanha em cerca de 300 municípios para a coleta de pneus, um dos recipientes que, com água parada, pode ser um perigoso foco de proliferação do Aedes aegypti.
A Secretaria ainda irá realizar na última semana de novembro a Semana Estadual de Combate às Arboviroses, quando serão intensificados os mutirões para eliminação de criadouros do Aedes Aegypti e realizadas campanhas de conscientização em espaços públicos, escolas e junto aos meios de comunicação sobre prevenção e combate ao mosquito transmissor da dengue, panfletagem, palestras e divulgação de informações sobre sinais e sintomas da doença, entre outras ações.
Também em novembro deverá ser realizado um “Dia D” para remoção de possíveis criadouros do mosquito em prédios públicos de todo o Estado. “O combate intensivo aos focos do mosquito Aedes aegypti, que é transmissor de doenças como a dengue, a febre chikungunya e o Zika vírus, é uma das prioridades do governo do Estado de São Paulo. Por isso, estamos investindo, durante todo o ano, em ações que visem auxiliar os municípios nesse trabalho que deve ser constante e realizado em conjunto com toda a população”, diz David Uip, secretário de estado da Saúde de São Paulo.
Queda de casos – Balanço realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que o número de casos de dengue confirmados no Estado caiu 77% neste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Até o dia 31 de agosto, foram confirmados 154.180 casos da doença em todo o Estado. No mesmo período de 2015, o número de casos confirmados era de 675.129. Além da diminuição no número de casos, também houve queda de 84% no número de óbitos pela dengue no Estado, passando de 482 entre janeiro e agosto de 2015 para 77 no mesmo período de 2016.
Teste da vacina – O Instituto Butantan, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e um dos maiores centros de pesquisa biomédica do mundo, anunciou também nesta segunda-feira o cronograma de início dos testes clínicos da primeira vacina brasileira contra a dengue em mais quatro estados do país. O anúncio foi feito pelo governador Geraldo Alckmin durante a abertura da reunião do Instituto Butantan com os 14 centros de pesquisa do país que estão conduzindo os ensaios clínicos da vacina contra a dengue. Na mesma ocasião, o governador visitou a futura fábrica de vacinas do Instituto Butantan, que possuirá uma ampla plataforma de produção, que poderá incluir vacinas contra a raiva, dengue e zika vírus, entre outras.
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