Especialista lembra pioneirismo de Diadema em políticas públicas coletivas

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Em palestra, urbanista Nabil Bonduki diz que construção de cidade do futuro depende de integração e olhar para agenda ambiental

Da Redação – O urbanista Nabil Bonduki participou de um debate em Diadema para discutir sobre os desafios da agenda urbana para o século XXI. Ao colocar Diadema como modelo de sucesso de implementação de políticas públicas coletivas inovadoras nos anos 1980, Bonduki reforçou a necessidade de inserir a agenda ambiental e redução das desigualdades como pilares da construção de futuro dos municípios.

Ex-vereador e ex-secretário de Cultura de São Paulo, Bonduki é considerado um dos principais pensadores de política urbana da Região Metropolitana atualmente. Ele foi convidado pela Escola da Cidade, faculdade de arquitetura e urbanismo da Capital, e pelo chefe de gabinete e ex-prefeito de Diadema, Mário Reali, a debater as necessidades das cidades. A atividade aconteceu na Fábrica de Cultura, no Centro.

O especialista alertou que o olhar futuro precisa levar em consideração pendências de política que não foram solucionadas do passado. Mesmo assim, é urgente a adoção de medidas para melhorar as condições dos municípios. Na visão de Bonduki, quatro eixos são estruturais para essa travessia.

“É necessário reduzir a desigualdade urbana, com garantia de direitos básicos que não conseguimos assegurar no século passado. Também precisamos adotar uma transição ecológica correta, porque o mundo tem dado sinais de fadiga de tamanho ataque à natureza. Esses são dois eixos estruturais que, para serem percorridos, dependem de outros dois eixos: o de governança e de integração de políticas públicas”, ponderou.

Bonduki lembrou como Diadema, nos anos 1980, promoveu uma revolução no modelo de gestão ao escancarar a participação popular nos destinos da administração municipal. Esse conceito, na visão de Bonduki, é importante para que esses eixos sejam aplicados na prática. 

“Qualquer fragmentação neste momento é prejudicial. É preciso integrar, fazer a população se apropriar da cidade. Até porque boa parte da construção da cidade é feita pela população. Ou seja, o poder público precisa chegar à população, porque a cidade seguirá em profunda transformação e esse caminho tem de ser percorrido da forma correta”, afirmou Bonduki.

Reali elogiou a palestra. “Foi uma aula e mostra que, para construir o município mais justo, com menos desigualdade e viável, precisamos adotar políticas públicas agora.”

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