Da Redação – A partir do mês de agosto, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) aplica o reajuste nas tarifas da conta de água e esgoto em 3,4026%, conforme anúncio feito na última quarta-feira (15), aprovado pela Agência Reguladora (Arsesp).
A alta acontece anualmente em uma média de 2,5%, mas devido a pandemia, houve uma compensação de 0,8881%, já que o reajuste foi postergado. A companhia de saneamento básico paulista afirmou que o reajuste passará a valer 30 dias após ser publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo.
Para o especialista em eficiência hídrica, Wagner Cunha Carvalho, CEO da W-Energy, os reajustes não refletem as condições em que realmente vivemos. “Enquanto o bairro do Panamby, em São Paulo, por exemplo, continua ganhando empreendimentos luxuosos, um grave problema de saneamento continua sem solução. A região de classe A planejada na década de 80 às margens do rio Pinheiros não dispõe de tubulação para levar o esgoto gerado por apartamentos e casas, que chegam a custar mais de 5 milhões de reais, até a uma unidade de tratamento. A água suja é jogada “in natura” no rio poluído e cobrada pela companhia”, diz.
O recurso hídrico, considerado precioso nos dias atuais, merece atenção não só na hora do banho, de lavar a louça, de escovar os dentes, etc., mas sim em tudo o que se compra e se consome. “Aquilo que compramos e consumidos tem um grande impacto no meio ambiente. Grande parte das fontes de água – rios, lagos e represas – estão, a cada dia, mais contaminadas e poluídas, devido a ação predatória do homem. Esta situação é preocupante, pois num futuro próximo, além das crises hídricas que já enfrentamos em nosso País, poderá faltar água para o consumo de grande parte da população mundial”, revela.
Ainda, segundo Wagner, existem métodos simples a serem adotados por residências, condomínios e empresas para poupar água. “Hoje encontramos tecnologias específicas, popularmente chamadas de adaptadores econômicos, que diminuem o fluxo de saída de água sem perder a eficiência, seja em torneiras de banheiros, cozinhas, áreas de serviço, em chuveiros e descargas. Elas poupam cerca de 10 litros de água por minuto em relação as torneiras comuns e, dessa forma, ajudam no combate ao desperdício e economizam até 60% nas contas de água”, diz.
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