Esforço dos trabalhadores da Saúde contribui para êxito da campanha de vacinação

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Da Redação – São Bernardo do Campo vacinou 194.160 pessoas em apenas 19 dias, ou seja, cerca de 24% da população do município já foi imunizada contra a gripe. Apenas no último sábado (30),  Dia D da Campanha Nacional de Vacinação, foram aplicadas 16.502 vacinas.

Para a vacinação desse número de pessoas, a Secretaria de Saúde mobilizou centenas de trabalhadores e dezenas de veículos. A equipe da Vigilância Epidemiológica, por exemplo, começou a se preparar para a vacinação do sábado um dia antes, separando as 17.700 doses enviadas pela Secretaria de Saúde do Estado para o Dia D. As vacinas foram redistribuídas para as 34 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município, com base na demanda verificada em 2015.

Segundo a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica Cândida Rosa Alves, 17 funcionários começaram a trabalhar no sábado a partir das 6h para monitorar o andamento da campanha, e o expediente se estendeu até por volta das 20h para que os números de vacinas aplicadas fossem inseridos no sistema.

Cinco profissionais percorreram todas as unidades de saúde para dar orientações técnicas, verificar as condições de armazenamento das vacinas e ajudar na organização do fluxo dos usuários, entre outras tarefas. Outro grupo permaneceu na sede da Vigilância para atender telefonemas de usuários e de gerentes das UBSs, digitar os números da vacinação e coordenar o trabalho de reposição dos estoques da vacina. Dez carros foram utilizados para essa finalidade.

“Houve uma disparidade muito grande no movimento das unidades”, explicou a chefe da Vigilância Epidemiológica. “Algumas unidades, como as do Montanhão, Riacho Grande e Jardim das Oliveiras, tiveram baixo movimento de pessoas, enquanto outras UBSs, como as dos bairros São Pedro, Ipê, Alves Dias e Vila Marchi, apresentaram intenso movimento pela manhã e à tarde. Por isso, tivemos de repor o estoque de algumas delas, remanejando as vacinas de onde havia maior quantidade para aquelas que estavam com número mais reduzido.”

Com esse esforço no remanejamento de vacinas, todas as 34 UBSs puderam permanecer abertas até o fim da tarde. A UBS São Pedro, que vacinou 990 pessoas no sábado – o maior número entre todas as unidades -,  foi uma das que precisou pedir a reposição de vacinas por duas vezes. A gerente da unidade, Sandra Queiroz, explicou que, apesar do movimento constante de usuários, não houve aglomerações. “Destinamos cinco salas para a vacinação, dividindo-as entre adultos e crianças. Onze auxiliares de enfermagem aplicaram as vacinas e três enfermeiras coordenaram os trabalhos, contando com o apoio dos agentes comunitários na organização do atendimento. Ainda tivemos dez profissionais de odontologia que fizeram avaliação bucal nas pessoas que compareceram no sábado. O balanço foi muito positivo.”

Tereza Eiko Saito, coordenadora dos agentes comunitários de saúde, destacou a atuação desses trabalhadores na campanha de vacinação: “Um mês antes, os nossos agentes atualizaram o levantamento dos pacientes que não podiam dirigir-se à UBS por dificuldades de locomoção ou por estarem acamados. No sábado, além do pessoal que ficou nas unidades, mobilizamos agentes comunitários e equipes de enfermagem para a vacinação domiciliar.  Conseguimos vacinar 1.986 pacientes acamados em um dia apenas e vamos prosseguir com essa tarefa nos próximos dias.”

Apesar do número significativo de pessoas que já se vacinaram neste início de campanha, este não foi o ano que bateu o recorde de vacinação. Em 2010, quando foi introduzida a campanha de vacinação contra a Influenza no País, São Bernardo vacinou 492.785 pessoas em dois meses. Mas, naquela ocasião, lembra a chefe da Vigilância Epidemiológica, outros grupos foram introduzidos na campanha, como pessoas na faixa etária entre 20 e 39 anos.  Nos demais anos, também se atingiu a cobertura desejada para os grupos de risco, mas houve a necessidade de prorrogar a campanha mais de uma vez, prolongando-a de abril a setembro.

Na campanha deste ano, nesses primeiros 19 dias todos os grupos de risco já atingiram a cobertura de 80% preconizada pelo Ministério da Saúde, com exceção das gestantes, que ainda estão com 69,65% de cobertura. Agora, o objetivo é fazer a busca ativa das gestantes e convencê-las da importância da imunização contra a gripe H1N1.

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