Da Redação – O cantor inglês David Bowie morreu neste domingo, 10 de janeiro, aos 69 anos, após 18 meses de luta contra um câncer. A morte de Bowie acontece apenas três dias após o lançamento de seu mais recente álbum, “Blackstar”, divulgado na última sexta-feira, data de seu aniversário de 69 anos.
É certo que Bowie viverá para sempre através de sua arte e em David Bowie e os anos 70, o homem que vendeu o mundo, o escritor Peter Doggett explora o rico legado da década mais produtiva e inspirada de Bowie. Na obra, Peter traz ainda uma análise – música a música, disco a disco –musical, lírica, biográfico e cultural, ao lado de pequenos ensaios sobre os temas que influenciaram o trabalho do cantor britânico.
“Bowie era masculino e feminino,
rei e rainha, alienígena e humano,
transcendental e sublime;
era capaz de inspirar e se entregar ao público,
em última instância era capaz de ser o público,
de tornar-se a encarnação dos seus sonhos, desejos e medos.”
“As pessoas olham para mim a fim de constatar o espírito dos anos 70, aos menos 50% delas procedem assim – os críticos eu não entendo. São demasiado intelectuais.” David Bowie, 1973
David Bowie e os anos 70 – O homem que vendeu o mundo explora o rico legado da década mais produtiva e inspirada de Bowie. O livro é um relato intenso sobre como a música dele refletia e influenciava o mundo que o cercava. Mais do que isto: como o mundo que o cercava influenciava no seu processo de criação como artista. Foi durante a década de 1970 que David Bowie se tornou a lenda que é hoje, após uma série de discos incríveis, acompanhados de grandes revoluções no modo de se vestir e de incorporar diferentes personagens nos palcos – e fora deles – o que o levou a ser conhecido como o ‘camaleão do rock’.
“Entre 1974 e 1980, Bowie afastou-se do mundo que o cercava e criou uma microcultura toda sua, uma paisagem atordoante na qual nada se mantinha fixo e tudo o que havia de familiar mudava de forma diante dos olhos do observador.”. A biografia tem a autoria de Peter Doggett (autor de A batalha pela alma dos Beatles) que faz um exame detalhado do extraordinário processo criativo de Bowie. Na obra, Peter traz uma análise – música a música, disco a disco –musical, lírica, biográfico e cultural, ao lado de pequenos ensaios sobre os temas que influenciaram o trabalho do cantor britânico.
O livro começa com o primeiro grande sucesso do cantor, Space Oddity (1969) e termina em 1980, com o lançamento de Scary Monsters. Peter Doggett fez questão de apresentar cada momento de Bowie em detalhes, explicando como as roupas e atitudes dele, tiveram um impacto na música e no comportamento da época. O livro também fala da relação do artista com outras personalidades da época, como Andy Warhol, Iggy Pop e Lou Reed. Diferente de outros livros já escritos, Peter Doggett se concentrou em falar de David Bowie como um artista produtivo, polêmico e com grande tino para se autopromover, e não como uma celebridade e seus escândalos. O livro ainda destaca a criação do personagem alienígena Ziggy Stardust, o mito máximo de astro de rock e que rendeu ao Bowie notoriedade.
Por ser organizada cronologicamente em músicas, essa biografia ajuda o leitor a ter uma ideia da mutação do cantor, desde sua figura andrógena do início da década, que abusava de psicodelia e maquiagem para compor seus personagens, até o sujeito de cara lavada mais depressivo, e que queria ser apenas o ‘verdadeiro David Bowie’ do início dos anos 80. Além da música, o escritor Peter Doggett ainda dá pinceladas da participação de Bowie em filmes daquela época.
Peter Doggett escreve sobre música pop, indústria do entretenimento e história social e cultural, desde 1980. Jornalista e colaborador dos periódicos ingleses Mojo, Q e GQ. Mais recentemente, publicou uma enciclopédia história da contracultura e seus protagonistas na década de 1960: There’s a Riot Goig On
Serviço – David Bowie e os anos 70 – O homem que vendeu o mundo chega ao publico brasileiro pela editora Nossa Cultura.
ficha técnica
ISBN: 978-85-8066-139-2
Preço: R$ 59,90
Páginas: 570
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