Esclerose Múltipla: Terapia Ocupacional minimiza as dificuldades na rotina diária do paciente

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Doença ganhou visibilidade no Brasil com diagnóstico da atriz curitibana Guta Stresser, que deu vida à Bebel, de A Grande Família

Da Redação – Dificuldade para caminhar, fraqueza muscular, incapacidade de executar movimentos, fadiga, problemas de fala e até bloqueios para pensar e compreender. Esses são alguns dos sintomas enfrentados pelos pacientes que têm Esclerose Múltipla (EM), uma doença crônica em que o sistema imunológico agride a bainha de mielina, comprometendo o sistema nervoso e impedindo a transmissão das mensagens do cérebro para diversas partes do corpo.

No próximo dia 30 de agosto é comemorado o Dia Nacional de Conscientização. Durante todo o mês são realizadas campanhas para garantir o diagnóstico precoce e assim dar mais qualidade de vida aos pacientes.

A Esclerose Múltipla é a doença neurológica que mais atinge jovens adultos no mundo, sendo a maioria mulheres. No Brasil, ela ganhou visibilidade com o diagnóstico da atriz Claudia Rodrigues, a eterna Marinete de “A Diarista” e, recentemente, da atriz curitibana Guta Stresser, que deu vida à Bebel, de “A Grande Família”.

Por trás das dificuldades enfrentadas por pessoas como elas estão profissionais que trabalham para minimizar a imprevisibilidade da doença. Os terapeutas ocupacionais são aqueles que, ao lado do paciente, estabelecem uma estratégia para preservar a autonomia da melhor forma, uma vez que a esclerose múltipla é progressiva e não tem cura.

A terapeuta ocupacional Syomara Cristina Szmidziuk conta que os efeitos da doença podem ser retardados e manter as atividades diárias é o pedido mais frequente. “É muito normal os pacientes solicitarem a conservação das atividades da vida diária: alimentação, locomoção, vestuário e higiene”, afirma. Ela acrescenta que a terapia envolve a definição das prioridades elencadas pelo próprio paciente. “Selecionamos um objetivo, entre aqueles que são mais urgentes. Dessa maneira, a pessoa se sente produtiva por mais tempo”, explica.

A terapia ocupacional ensina o paciente a entender o próprio corpo e a conservar energia na rotina diária. Isso é feito a partir da seleção das atividades e da maneira com que cada uma será realizada. “Às vezes o excesso de exercício, por exemplo, pode ser o fato desencadeador de uma crise. O TO vai ensinar o paciente a planejar o gasto de energia no seu dia a dia”, afirma.

No processo de enfrentando da esclerose múltipla, o terapeuta ocupacional ajuda ainda a identificar técnicas que possam simplificar as atividades diárias, mantendo as habilidades motoras e emocionais.

Mês de Conscientização sobre a EM

O Dia Nacional de Conscientização sobre a EM, comemorado no dia 30 de agosto, foi criado por meio da Lei Federal 11.303/2006. O objetivo é dar visibilidade aos impactos da doença no dia a dia dos pacientes e dos familiares. Desde 2014, o mês ganhou a cor laranja para alertar sobre a causa e desmistificar a condição crônica da doença. O objetivo é fomentar o diagnóstico precoce e assim dar mais qualidade de vida aos pacientes.

Sobre Syomara Cristina Szmidziuk: atua há 32 anos como terapeuta ocupacional, e tem experiência no tratamento e reabilitação dos membros superiores em pacientes neuromotores. Faz atendimentos em consultório particular e em domicílio para bebês, terapia infantil e juvenil, para adultos e terceira idade. Desenvolve trabalho com os métodos RTA e terapia da mão, e possui treinamento em contenção induzida, Perfetti, Imagética Motora (básico), Bobath e Baby Course (Bobath avançado), entre outros.

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