Erótico, “Laio e Crísipo” de Pedro Kosovski fala sobre paixão no Sesc Ipiranga

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Da Redação – Entre os dias 8 e 10 de junho,  o Sesc Ipiranga recebe o espetáculo “Laio & Crísipo”, com dramaturgia de Pedro Kosovski. A peça, que integra a programação do projeto Dramaturgias, remonta ao mito grego da avassaladora paixão entre Laio, interpretado por Erom Cordeiro, e o virginal Crísipo, encenado por Ravel Andrade.

No texto, o par se envolve com a bela Jocasta, representada por Carolina Ferman, em um ardente triângulo amoroso. A peça acontece no Teatro e os ingressos podem ser adquiridos pelo Portal Sesc ou nas Bilheterias das Unidades.

O mito – “Laio” – Se popularmente o nome de Laio ascende em seu filho Édipo, é com Crísipo que o controverso mito da fundação da cidade de Tebas se faz presente. Herói divino grego, Laio teria sido exilado de Tebas ainda criança, sendo recebido no Peloponeso pelo rei de Pisa, Pélope. Anos depois, Laio sequestraria o primogênito do rei, Crísipo, levando o jovem a Tebas e relacionando-se com ele. Na cidade de Tebas, Laio casa-se com Jocasta e assume o trono, abandonando o apaixonado Crísipo à desgraça.

A dramaturgia – “Crísipo” – A dramaturgia de Pedro Kosovski parte da questão: quem seriam esses personagens –Laio, Crísipo e Jocasta – se não fossem alicerçados em uma lendária história grega? Dessa forma, o texto ultrapassa as prisões de um mitologema e escreve a trajetória de uma paixão. Os corpos em consonância no palco revivem o erotismo e a cólera dos relacionamentos surgidos desse mito historicamente abafado.

Após fugir de Tebas, durante uma disputa pelo trono, Laio se torna preceptor do jovem Crísipo, filho do rei de Pisa, cidade famosa pelos Jogos Olímpicos. Porém, aos poucos, os ensinamentos ultrapassam a filosofia e desencadeiam uma arrebatadora paixão entre os dois homens. Amaldiçoados e perseguidos pelo rei e seu povo, Laio forja um sequestro e retorna a Tebas, dessa vez, em companhia de seu lascivo amante.

É em um prostíbulo beira-de-estrada que Jocasta, futura mãe e esposa de Édipo, se entrelaça ao destino de ambos. Na boate de peep-show, o trio se une em um ardente triângulo amoroso até Laio ser obrigado a casar-se com Jocasta, lançando Crísipo a um dramático rompimento.

O peep-show – “Jocasta” – A paixão que guia a trama é dissolvida no erotismo da “casa das fichas”, o chamado peep-show. Sentando diante de uma cabine e depositando uma ficha, ao cliente é revelada a imagem de uma bela jovem se despindo.

A direção de Marco André Nunes busca desbravar a intimidade dessas personagens que habitam sufocadas altares e sepulcros. Os corpos domados das personagens exalam a quase pornográfica imagem que surge na cabeça dos espectadores. Mais do que falar sobre paixão, o espetáculo vende a expectativa.

O projeto – Dramaturgias – Entre os meses de junho e dezembro, o Sesc Ipiranga realiza o projeto Dramaturgias. Apresentando um painel da dramaturgia contemporânea brasileira, a programação conta com três eixos – Formação, Publicação e Temática – ancorados em cursos, ateliês, leituras cênicas e espetáculos, criando uma rede de relações entre criadores do teatro contemporâneo brasileiro. Confira mais sobre a programação em: http://bit.ly/Dramaturgias

Serviço – Laio & Crísipo – Com Carolina Ferman, Erom Cordeiro e Ravel Andrade, com direção de Marco André Nunes, de 8 a 10/6 | Sexta e sábado, às 21h00 | Domingo, às 18h. No Teatro do Sesc Ipiranga (Rua Bom Pastor, 822)

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