Da Redação – Com carinho e amor, enfermeiras da UTI Neonatal do Hospital Municipal Universitário (HMU) de São Bernardo do Campo ajudam os pais a superarem as incertezas durante a internação dos bebês prematuros. Perda, sofrimento, alegria e superação são alguns dos sentimentos que essas enfermeiras têm que lidar diariamente. São emoções que exigem muito controle e compreensão, além de profissionalismo.
“Indescritível”, diz a enfermeira Carla Lissoni sobre os dez anos de trabalho na UTI Neonatal. “Os bebês com 500, 600 gramas falam conosco num franzir da testa, no olhar, ao segurar ou apertar nossa mão. É assim que eles se comunicam. Podem não ter tamanho, mas têm vontade. Assim começa uma relação de afeto e carinho com cada um”, afirma.
Carla diz que os bebês têm afinidades, capacidade de identificar a pessoa através do tato quando está sendo alimentado ou na hora do banho. “Existe uma relação de proteção. Com a evolução do bebê e a alta, fica a sensação de gratidão. Eu não saberia fazer outra coisa.”
A experiência da enfermeira Andreia Alves Fraga de Melo, que há cinco anos cuida de prematuros, emociona. “Muitas vezes meu coração fica apertado, penso como eles vão vencer essa batalha. Me dedico ao máximo na coleta de exames, pois são muito pequenos e frágeis, o que dificulta o procedimento. É momento de confortarmos com muito carinho, pois isso é fundamental na nossa profissão”, finaliza Andreia.
Todas as terças-feiras a equipe multidisciplinar da UTI Neonatal se reúne com os pais dos bebês para falar da rotina, tirar dúvidas e informar sobre o estado de saúde dos prematuros.
A relação dos pais com as enfermeiras continua existindo depois da alta. Eles voltam ao hospital, fazendo questão de levar os filhos a cada evolução, uma prova de confiança e gratidão pelo desempenho das enfermeiras e auxiliares. “Eles chegam inseguros, mas depois conhecem e aprovam o método humanizado praticado no hospital, ficando fortes e confiantes”, destaca a enfermeira Carla.
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