Da Redação – O Brasil é considerado o maior produtor e exportador mundial de carne bovina e segundo maior de frangos, além de ser líder na comercialização de carnes Halal, método de corte diferenciado de acordo com as leis islâmicas.
Em um mercado que atinge ¼ da população mundial, o consumo destes produtos que exigem o certificado halal cresce diariamente e segundo levantamento realizado pelo instituto americano Pew Research Center, a população de muçulmanos crescerá 73% entre 2010 e 2050. Atualmente, há em torno de 1,8 bilhão de islâmicos.
Entenda o que é preciso para ter o certificado halal – Para entender melhor, halal significa lícito, permitido. Ou seja, qualquer alimento, sucos, fármaco, produtos etc para atender à comunidade muçulmana precisa desta certificação. Não são considerados alimentos halal, carne de porco e derivados, qualquer incidência de álcool, animais abatidos de forma imprópria e que desrespeitam as leis religiosas. No caso de carne, há toda uma técnica que deve ser respeitada, para que possa ser consumida.
Em frigoríficos, por exemplo, são necessárias algumas condições: o abate deve ser efetuado por um muçulmano; a face do animal deve estar voltada para a Meca; o sangue precisa ser extraído da carcaça para evitar contaminação; deve ser uma morte rápida para evitar sofrimento ao animal, além de uma higienização perfeita. Tanto o processo de abate como o de transporte (do congelamento ao carregamento) são fiscalizados por auditores ou supervisores muçulmanos para certificar sua eficiência e cumprimento das normas. É importante que o abate halal tenha um local próprio e separado para evitar contaminação com outros tipos de carne (porco, por exemplo).
As empresas interessadas em exportar seus produtos – carnes, doces, sucos, ração para animais, entre outros – para as comunidades muçulmanas devem procurar uma empresa especializada que emita o certificado halal.
O auditor da Cdial Halal, Sheik Juma Momade, esclarece que o processo não é demorado, basta que as empresas estejam em conformidade com todas as normas estabelecidas para exportação halal. “Se as empresas não estiverem de acordo com as normas determinadas, são instruídas a corrigirem os processos. A certificação, na maioria das vezes, é dinâmica. Mas depende muito da disponibilidade da empresa em cumprir as exigências. Assim que a empresa estiver apta, a inspeção é realizada por auditores técnicos e religiosos da Cdial Halal”, ressalta.
O sheik enfatiza a importância da fé em todas as áreas da vida. “Não importa a religião, seja cristão, muçulmano ou judeu, tudo o que fizermos, devemos realizar baseado nas leis de Deus” conta.
Cdial Halal – é uma certificadora especializada em produtos halal – alimentos no geral, cosméticos e outros. Auxilia as empresas que queiram exportar seus produtos para as comunidades árabes. É uma das maiores e mais importantes certificadoras halal do mundo. É a única na América Latina que recebeu a certificação ISO 9001:2015 da ABS Quality Evalutions para frigoríficos de aves e bovinos e produtos industrializados halal. Cresceu focada no seu negócio com atividades relacionadas ao abate de frangos, perus, patos e bovinos, incluindo também produtos industrializados.
Todo o processo de certificação de produtos segue os critérios islâmicos internacionais – autoridades que controlam o certificado halal dos países – como o Comitê da ESMA – Emirates Authority for Standardization and Metrology; MUI (Majelis Ulama Indonésia); MUIS (Majelis Ugama Islam Singapura); JAKIM (Jabatan Kemajuan Islam Malaysia); Liga Mundial Islâmica da Árabia Saudita. Saiba mais www.cdialhalal.com.br
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