Da Redação – O empresário Ricardo Augusto de Oliveira, de 48 anos, acaba de realizar um feito ainda inédito no Brasil: na madrugada do último dia 1º de abril, ele caiu na água para atravessar a nado a distância de 40 km entre a praia de Camburi e o limite legal do arquipélago de Alcatrazes, no litoral norte de São Paulo.
O desafio, que tem aproximadamente a mesma distância da travessia do Canal da Mancha, braço de mar que liga o sul da Inglaterra ao norte da França, teve o principal objetivo de voltar as atenções da sociedade para a importância do conjunto de ilhotas, que são de extrema importância para a reprodução de peixes e pássaros.
Morador do município de São Sebastião há mais de 18 anos, Ricardo está preocupado com a devastação da fauna e flora da região, especificamente do arquipélago, e luta pela criação de um parque nacional marinho, como forma de preservar a biodiversidade existente no local. “Queremos também homologar o percurso junto aos órgãos governamentais”, completa.
Acompanhado por seu treinador, Álvaro Coleoni, e uma equipe de apoio que contou com médico, preparador físico, nutricionista e amigos que o acompanharam durante o treinamento, Ricardo nadou durante exatamente 12 horas. “Caí na água às 5h e passei o dia todo nadando sem parar. Vi o sol nascer e morrer na minha cabeça. Isso foi incrível!”, relata.
A performance exigiu de Ricardo, que não é atleta profissional, treinos diários de três a quatro horas durante seis dias por semana, por mais de dois anos. Ele conta que, entre seus treinos, foi o primeiro homem a chegar nadando, a partir da costa de São Sebastião, na ilha Montão de Trigo, numa distância de quase 13 km de mar aberto; cruzou também o canal de Ilhabela e, evolutivamente, já fez, por três anos seguidos, a Travessia 14 Bis, de 24 km que liga Bertioga a Santos.
“Agora, quero convidar outras pessoas com a mesma energia e disposição para este desafio pessoal. Ele é possível! E eu estou disposto a ajudar no que for preciso. Este trecho do nosso litoral deve ser muito bem preservado para que, inclusive, possa ser usufruído por todos”.
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