Em ano de eleição, colégios de São Paulo vão promover debates entre os candidatos

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Da Redação – Com a democracia ameaçada por ataques às instituições, discursos de ódio e notícias falsas, várias escolas de São Paulo estão promovendo educação política. Junto com os grêmios estudantis, estão organizando debates entre candidatos com posições ideológicas diferentes. A escola Nossa Senhora das Graças, o Gracinha, e a Carandá Educação já realizaram debates. Nesta terça, será a vez do Equipe.

O colégio irá receber candidatos de diferentes partidos; Juliana Cardoso (PT), Orlando Silva (PCdoB), Carmem Silva (PSB) e Vivian Mendes (UP), os temas norteadores do debate são o “Direito à Cidade e o Antirracismo”, temas/preocupações presentes na vivência do dia-a-dia do colégio.

Com seu ensino crítico e sempre a favor de uma sociedade democrática mais justa e igualitária, o Equipe se tornou referência na educação de resistência. No último dia 07, realizaram a estreia do documentário “Educar e Resistir”, que acompanha a trajetória do colégio desde sua fundação.

Paulo Crispim, professor de história do Gracinha, conta um pouco do trabalho de base que é feito com os estudantes antes dos debates para aproxima-los do entendimento das funções do estado brasileiro.

“Fazemos uma série de leituras, e dinâmicas, temos, por exemplo, o jogo da política, onde uma questão é apresentada aos alunos e eles buscam resolve-la a partir de um tema atual. Analisamos os dados das representações do legislativo no âmbito federal, de como São Paulo é representado nesse cenário. Coroamos esse processo com um debate entre candidatos na escola, com ênfase no legislativo, que é um poder estratégico e pouco conhecido”

A escola convidou cinco candidatos com propostas e perspectivas diferentes, para participarem de um debate com participação dos alunos. “É um dialogo em que eles já estarão mais preparados, inclusive para conseguir pautar o debate e colocar questões da juventude, a questão da juventude na política, a representação deles na escola, fora da escola, no bairro na cidade. Tudo isso para eles perceberem que há um desejo maior por participação, mas é necessário um maior engajamento e entendimento de como se fazer essa participação política sobre diferentes perspectivas”.

No Gracinha, a política faz parte do cotidiano dos estudantes. Durante o primeiro semestre, alunos do 3°ano do EM foram a Brasília conhecer o congresso nacional, e em São Paulo, puderam conhecer mais sobre a organização do poder municipal na Câmara dos Vereadores e a organização estadual na Assembleia Legislativa. 

André Meller, coordenador do EM da Carandá Educação, conta que a escola aproxima os estudantes com a política diariamente. “Elaboramos três questões para os alunos responderem; A escola que nós temos, a escola que queremos e qual o papel do aluno na construção da escola”. Após a conversa em grupo, o debate se estende para outras disciplinas diversas outras áreas. “A partir dessas questões, iniciam-se as conversar com o professor de filosofia, Vinícius, que discute com os alunos um pouco sobre participação, democracia e política. 

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