Em 28 anos, Casa do Zezinho já transformou a vida de mais de 30 mil crianças e jovens

ONG começou com sete crianças e hoje tem mais de 15 projetos de educação complementar

Da Redação – A Casa do Zezinho, organização sem fins lucrativos do Capão Redondo, completou 28 anos de atuação no dia 6 de março. Fundada em 1994 por Dagmar Rivieri, conhecida mais como Tia Dag, a instituição que já foi eleita por três vezes como uma das melhores ONGs do Brasil, começou com sete crianças e, atualmente, atende 1.000 zezinhos, com idade entre 6 e 21 anos, e 300 famílias de baixa renda.

No período, a Casa do Zezinho já proporcionou o desenvolvimento e formação para mais de 30 mil crianças e jovens. Ao todo, são aproximadamente 80 colaboradores para ajudar no desenvolvimento humano e na capacitação profissional de pessoas que vivem em situações de alta vulnerabilidade social. 

No início da década de 1990, Tia Dag comprou uma casa para morar no Parque Maria Helena. As primeiras áreas da zona sul de São Paulo já começavam a ser ocupadas pelas famílias expulsas do centro da cidade. Nesse período, passou a se reencontrar com um grupo de amigos da faculdade, que acreditavam na educação como o único meio de transformação do indivíduo e da sociedade. Movida por esse sonho, a paulistana, aos 36 anos, usou a própria residência e a transformou na primeira sede da Casa do Zezinho. 

Sob a sua liderança, o grupo de voluntários mais antigo formatou o Projeto Cidadania, que constituiu o plano pedagógico e embasou a proposta educacional e as atividades da Casa do Zezinho, conhecido como a Pedagogia do Arco-íris e que hoje conta com 15 projetos apoiados e incentivados por diversos parceiros. “Temos  como ponto central o desenvolvimento da autonomia de pensamento e de ação a partir de 4 pilares da educação: Ser – (Espiritualidade), Conhecer – (Ciências), Saber – (Filosofia) e Fazer – (Arte)”, explica a fundadora

“As cores do Arco-íris representam as possibilidades de sonhar, são as pinceladas da diversidade que a vida contém. A tolerância, o amor, a solidariedade, na alma de cada Zezinho. É a conquista da autonomia através da mobilidade. Na Casa do Zezinho, as etapas que a criança percorre são simbolicamente divididas pelas cores que compõem o Arco íris”, completa .

 Formada em pedagogia pela Universidade de São Paulo (USP) e eleita uma das pessoas mais reconhecidas por diversos prêmios em diversos setores, a Tia Dag conta que o investimento para manter os Zezinhos(as) na casa gira em torno de R$ 700 por mês. “É um preço bem menor quando comparado com o do sistema prisional”, enfatiza. 

Sobre a Casa do Zezinho

A Casa do Zezinho é uma organização sem fins lucrativos que atende crianças, adolescentes e jovens, de ambos os sexos, com idade entre 6 e 21 anos, localizada no Capão Redondo, zona sul de São Paulo. Ao todo são 1.000 Zezinhos matriculados e 300 famílias que são beneficiadas pela ONG fundada em 1994, por Dagmar Rivieri, conhecida como Tia Dag. Atualmente, são aproximadamente 80 colaboradores para ajudar no desenvolvimento humano e na capacitação profissional de pessoas que vivem em situações de alta vulnerabilidade social.