Estudantes participam de treinamentos no contraturno das aulas; competição vai até outubro
Texto: Caroline Terzi – Fotos: Alex Cavanha/PMSA
Santo André, 29 de agosto – A 51ª edição dos Jogos Escolares de Santo André completa nesta segunda-feira (29) duas semanas de competições, com a participação de alunos de escolas públicas e particulares. Da rede municipal, participam 1.340 estudantes, de 21 unidades de ensino.
As competições ocorrem nas modalidades de atletismo, basquete, futsal, ginástica artística, handebol, judô, karatê, natação, queimada, taekwondo, skate, vôlei e xadrez. Com a grade de jogos já determinada, se faz necessária uma preparação que envolve equipe gestora, profissionais da educação, pais/responsáveis e as estrelas da competição: os alunos.
Os Jogos Escolares 2022 percorrerão diversas praças esportivas, como o Complexo Esportivo Pedro Dell’Antonia, Ginásio do Parque Celso Daniel, Ginásio Noêmia Assumpção, Ginásio Vila Alpina, Clube Assajea, Primeiro de Maio FC, Associação dos Servidores do Semasa, Sesi, Ginásio da Universidade Anhanguera, Clube Atlético Aramaçan, Ginásio Sacadura Cabral e e ginásio da Faculdade de Medicina do ABC.
Para participar dos Jogos Escolares, a Emeief Arquiteto Estevão de Faria Ribeiro, no Jardim Marek, tem tradição e se programou com mais de dois meses de antecedência, envolvendo a comunidade escolar como um todo. “Temos um histórico de medalhas e troféus nos Jogos Escolares, acredito que isso está ligado às ações que realizamos durante o ano com foco no desenvolvimento e autoestima dos jovens participantes, o que se tornou fundamental principalmente neste período pós-pandêmico”, pontua a diretora da escola, Claudete Pereira.
Alguns alunos da rede municipal de ensino costumam treinar no contraturno das aulas. Isso é possível a partir de um projeto esportivo educacional da Secretaria de Educação de Santo André que possibilita a professores de Educação Física atuar com carga horária extra para este fim.
No caso da Emeief Arquiteto Estevão de Faria Ribeiro, além das quadras da unidade, os treinos no contraturno escolar são realizados na quadra do Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU) Jardim Marek, que é um espaço próximo à escola, estruturado para integrar atividades culturais, esportivas e de lazer.
Uma comissão de mães acompanha as atividades esportivas no CEU Jardim Marek. “Fico feliz em participar e dar suporte aos professores na vinda das crianças neste espaço. Vejo que meu filho está gostando bastante dessa atividade e, junto com as outras mães, conseguimos incentivar as crianças a se manter em contato com o Esporte”, destaca Luciana da Silva, de 46 anos, que é mãe do aluno Luiz Henrique, do 5º ano.
Para a professora de Educação Física, Elissandra Barroso Malheiro de Souza, o projeto traz inúmeros benefícios aos alunos. “A chegada dos Jogos Escolares vem para coroar esse comprometimento dos alunos no Esporte nos treinos no contraturno escolar. Todos entraram no clima e abraçaram o projeto com bastante comprometimento”, comemora.
Participando pela primeira vez nos Jogos Escolares, a aluna Manoella Castro da Silva, de 10 anos, está ansiosa para a competição de handebol. “Estamos treinando passe, marcação, ataque e defesa. Espero que a gente traga mais um troféu ou medalha para a escola”, conta.
O aluno Rafael Pereira da Silva, de 10 anos, também irá estrear nos Jogos Escolares e afirma que praticar esportes em conjunto com seus colegas de classe é ainda mais especial. “Não tinha o costume de praticar esportes e acho que me encontrei no handebol. Estou aprendendo bastante”.
Os Jogos Escolares seguem até o mês de outubro e ações como essa tem proporcionado o envolvimento de toda uma comunidade.
“Os professores de Educação, junto com o coletivo da escola, são fundamentais para expandir a compreensão do esporte educacional para além dos resultados das partidas, compreendendo-o como um fenômeno social e cultural que oportuniza diferentes vivências e aprendizagens. Traz benefícios para o desenvolvimento físico, cognitivo, emocional, senso de equipe e sentimento de pertencimento social. A participação das Emeiefs nos Jogos Escolares faz parte de um processo de construção coletiva em cada escola e deste modo o esporte torna-se mais amplo e significativo aos envolvidos”, conclui a coordenadora de Educação Física Escolar, Fabiana Stival Morgado Gomes.
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