Diadema intensifica ação contra a dengue e coloca telas para caixas d’água danificadas

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Medida é provisória para que o morador tenha prazo maior para se adequar ou trocar o reservatório de água

Texto: Renata Nascimento/Tatiana Ferreira – Foto: Dino Santos (PMD)

Da Redação – A Prefeitura de Diadema intensifica, a partir desta semana, as ações de combate à dengue com a colocação de telas para caixas d’água em moradias da cidade que estejam sem a tampa de seus reservatórios ou com ela danificada, o que representa um ambiente favorável para o criadouro do mosquito Aedes aegypti, causador da dengue.

A instalação prioriza os locais onde já há ocorrência de casos ou onde há grande risco de dengue, além de vulnerabilidade social. Para isso, a Administração adquiriu mais de cinco mil itens para contemplar caixas d’água de diversos tipos e tamanhos.

O prefeito de Diadema, José de Filippi Junior, a secretária municipal de Saúde, Rejane Calixto, e a coordenadora da Vigilância à Saúde, Cristina Marins, acompanharam, na manhã desta quarta-feira (23/03), uma atividade de prevenção realizada pela equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) na região Sul da cidade. “É fazendo a prevenção que vamos conseguir combater a dengue. Cuide da sua casa, veja se a caixa d’água está bem vedada, receba com carinho, atenção e respeito os agentes de saúde e de endemias, porque são eles que estão levando proteção para as casas de Diadema que precisam desse suporte. Temos pouco casos de dengue esse ano, mas precisamos cuidar para não deixar o número de casos crescer. O esforço depende de todos nós”, afirmou Filippi.

A ação é medida provisória para que o morador que esteja em situação irregular possa ter tempo para se adequar ou trocar o reservatório de água, já que tela possui vida útil de seis meses a, no máximo, um ano. “Estamos distribuindo as toucas para caixas d’água nas residências em que os recipientes estão destampados ou danificados,  porque se elas ficam desprotegidas podem favorecer o surgimento de larvas do mosquito. Com essa medida simples, mas efetiva, o morador ganha tempo para trocar a caixa d’água e nós conseguimos evitar criadouros”, explicou Dra Rejane Calixto.

Na casa do Sr José Flausino de Aragão, morador do bairro há mais de 30 anos, foi feita vistoria e instalação de toucas em três caixas d’água. “A gente sabe que precisa trocar as caixas d’água, mas não consegui fazer isso ainda. Quero melhorar, trocar as caixas de amianto, mas agora vou mudar. Já tirei todas as dúvidas com as agentes e com a ação de hoje me sinto mais protegido”, afirmou Sr. José.

Trabalho contínuo

A colocação das capas em caixa teve início em 14 de fevereiro, durante a rotina de ações de combate à dengue. Os agentes de endemias quando saem para realizar atividades como nebulização, casa-a-casa ou orientação, já leva consigo algumas capas. Ao encontrar situação de reservatório sem tampa, com tampa quebrada ou rachada, o profissional fixa a capa ou, na impossibilidade, fornece ao morador para que ele regularize a situação. Assim, a colocação da capa é um complemento ao trabalho que já vem sendo desenvolvido rotineiramente ao longo dos meses.

“A colocação das toucas nas caixas d’água faz partes das ações de prevenção junto com as vistorias casa-a-casa que a equipe da saúde tem feito para orientar a população. O foco é trabalhar a prevenção. É importante lembrar que a dengue também é fatal e pode levar a óbito. Então precisamos nos cuidar e cuidar das nossas residências para que a doença não prolifere na cidade”, alertou a secretária da saúde.

Vistoria casa a casa

Na manhã desta quarta-feira (23), os agentes comunitários de saúde da UBS Vila Paulina em esforço concentrado com a equipe do CCZ Diadema promoveram ações de combate à dengue na Rua Dourado, localizado no Eldorado, com instalação das toucas,

ações de bloqueio e de coleta de amostras para Avaliação de Densidade Larvária (ADL), que irá avaliar a situação do município quanto à infestação do mosquito transmissor da dengue e outras doenças.

“Esse dado é importante para saber a ocorrência larvária na região. Fazemos essa ação na cidade toda para ter uma amostragem e isso vai identificar se temos um risco maior ou menor de ter casos de dengue naquele território“, explicou Nanci do Carmo, responsável pelo CCZ Diadema.

Abra a porta para o agente

A visita casa a casa e a vistoria a locais estratégicos são importantes para orientar a população, auxiliar na prevenção de possíveis criadouros e monitorar áreas com potencial risco de proliferação do Aedes aegypti. Por isso, é importante que a população receba os agentes comunitários de saúde e os agentes de endemias em suas casas. Eles devem estar uniformizados, com crachá de identificação e, em hipótese nenhuma, há cobrança pelo serviço realizado.

Caso tenha dúvida, o morador pode ligar na Unidade Básica de Saúde de referência (UBS) ou no próprio Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Confira os telefones em http://www.diadema.sp.gov.br/enderecos/324-contato/ubs.

Para denunciar locais com água parada e que podem ser potenciais criadouros do mosquito da dengue, o morador pode ligar diretamente no CCZ Diadema ou informar a Ouvidoria da Saúde pelo telefone: 0800-7713055 ou e-mail: ouvidoriadasaude@diadema.sp.gov.br

Serviço: Centro de Controle de Zoonoses Diadema Rua Ipoá, 40 – Jardim Inamar. Tel.: 0800 771 09 63.

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