Da Redação – A partir desta segunda-feira (6), a Prefeitura de Diadema dará início à 16ª edição do Kizomba, evento sobre a cultura negra, às 19h30, no Teatro Clara Nunes. Tradicional em Diadema, 4ª cidade com maior população negra do Brasil, o Kizomba traz reflexões e discussões sobre o assunto, além de ser uma oportunidade de difundir a cultura afro-brasileira no município. O mês de novembro terá eventos diversificados sobre a cultura negra que vai desde palestras, exposições, aulas de dança e atrações musicais.
A primeira atividade programada será um debate com representantes de diferentes crenças e igrejas abordando o tema tolerância religiosa. “A escolha desse tema é relevante pela necessidade de refletir sobre a questão porque infelizmente a intolerância entre grupos ainda faz parte de nossa realidade”, explica Jurandir de Sousa, da Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (CREPPIR) , que promove a 16ª Kizomba. Na sequência do debate, começa a exposição “O empoderamento das mulheres afrodescendentes”, com obras de Thamires Brito, Ordalina Candido, Marcia Damaceno, Zhena Santos, Marina Martins Caetano e Iommi Edgar. Também está prevista a apresentação de Vanessa Reis e Dona Penha cantando Clara Nunes. Para receber o Kizomba, foi pintado um painel pelo artista Iommi Edgar com a imagem de Clara Nunes.
Outro ponto de destaque do mês do Kizomba são as homenagens a personalidades como Cassio Ribeiro Lopes, presidente da Federação de Cultos Afros brasileiros, e ao Pai Nelson de Yemanjá, que acontecem nos dias, 7 e 12, respectivamente. (veja a programação completa no link ao final do texto).
Além disso, o evento preparou uma oficina de capacitação e formação para os afroempreendedores, no dia 17, no Teatro Clara Nunes, com o palestrante Marko Andrades, que é poeta, músico e empreendedor cultural.
Haverá também shows em outros espaços, como Centro Cultural Eldorado e Serraria, com a cantora Vanessa Reis.
O CREPPIR incentiva projetos que disseminam a cultura afro-brasileira as políticas públicas afirmativas para discussão racial, combate ao racismo, ao preconceito e à discriminação. O coordenador Jurandir Sousa conta que apesar da cultura afro estar em pauta nas discussões, ainda é necessário levar mais informações às pessoas. “O Kizomba tem a força de trazer o esclarecimento sobre as questões éticas e raciais para a população, mas os encontros não acontecem somente no mês de novembro. Durante todo o ano são promovidas reuniões de debates e eventos culturais”, conta Jurandir.
O Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, reforça a luta do Movimento Negro pela igualdade e da cultura afro-brasileira.
Acompanhe as programações do mês do Kizomba e participe. Acesse o link: http://www.diadema.sp.gov.br/dmp/comunicacao/Comunicacao/Site2/prog_kizomba_site.pdf
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