Data é uma oportunidade para refletir sobre os benefícios do orgasmo e da masturbação para a saúde
Da Redação – Em 31 de julho se comemora o Dia do Orgasmo. A data surgiu a partir da iniciativa de lojas britânicas para adultos que, em 1999, utilizaram este dia para realizar debates sobre o tema, principalmente o orgasmo feminino. Este momento também reflete a importância que o assunto seja tratado de forma didática, já que no Brasil 43% das mulheres sexualmente ativas têm dificuldade para atingir o orgasmo e 30% não se masturbam – segundo dados da pesquisa Mosaico que mede o comportamento afetivo/sexual do brasileiro. A data também é uma boa oportunidade para refletir acerca do sexo saudável, principalmente no sentido de estimular o prazer em si, e não só para o seu parceiro ou parceira. De acordo com a psicóloga Lara Cannone, isso reflete em pensar no orgasmo para além do sexo, incluindo a masturbação no processo de sentir prazer. “O orgasmo pode ser alcançado sozinho, não precisando necessariamente envolver uma outra pessoa. A isso nós chamamos de masturbação e a masturbação, quando feita com o objetivo de te satisfazer e sem atrapalhar a sua vida saudável, também é uma ótima forma de poder investir na relação com você mesmo ou com você mesma”, explica a especialista, que é professora do Centro Universitário UniFTC Salvador. Benefícios do orgasmo – A psicóloga explica que, quando se tem uma frequência de momentos que se atinge o ápice do prazer sexual, a vida cotidiana tende a se encher de neurotransmissores chamados endorfinas, que são responsáveis pelo bem-estar. “Mas além disso, dessa parte mais orgânica, existem benefícios também de aumento da autoestima, de você se reconhecer como uma pessoa atraente, de você conseguir expor ao seu parceiro ou a sua parceira o que você gosta e o que te excita sexualmente. Estou falando de você conseguir construir uma boa relação sexual com o outro a ponto de não se preocupar apenas em dar prazer, mas em receber prazer e, quando se entende isso facilita e deixa mais saudável o processo de sentir prazer sozinho”, complementa Lara Cannone. Já a falta de orgasmo pode trazer questões que dificultam o dia a dia da pessoa, principalmente por envolver, na maioria das vezes, questões psicológicas e não fisiológicas. “A falta de orgasmos pode levar a frustração, desinteresse no relacionamento, inseguranças – quanto a se você realmente é ou se você realmente gosta da pessoa que você está. Estas questões psicológicas de levar para o seu momento da intimidade sexual uma grande ansiedade uma grande insegurança com o seu próprio corpo ou o que o outro vai achar do seu desempenho sexual, que acaba fazendo com que você desconecte da entrega àquela intimidade e portanto não consiga gozar”, frisa a psicóloga. Importância de falar sobre orgasmo – Assunto é tratado como tabu e para muitos conversar sobre sexo e orgasmo pode chegar a ser constrangedor. Por isso, para Eveline Santos, empreendedora e sócia fundadora do Eva Sex Shop, o mês de julho se torna importante por criar uma abertura para que mais pessoas tenham acesso a este tema de forma correta. “Tem gente que sente dores insuportáveis ao chegar lá, gente que nunca vivenciou a experiência a sós ou a dois. Então, no mês de julho que na Eva chamamos de Mês do Orgasmo, essas pessoas se sentem menos inibidas a falar do assunto. E quem já acha normal, aproveita pra melhorar o que já é bom”, destaca a empreendedora, que completa: “As pessoas precisam enxergar não só o orgasmo, mas toda sexualidade, como uma extensão de saúde, de qualidade de vida”. |
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