Desemprego afeta mais os profissionais sem diploma superior

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Além de tornar a recolocação mais difícil, a falta de um diploma universitário faz a renda do trabalhador despencar

PAPO DE EDUCAÇÃO – Profissionais com Ensino Superior sofrem menos os efeitos da crise”, afirma Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp, entidade que representa as mantenedoras do Ensino Superior. A conclusão foi tirada a partir dos resultados do Índice de Empregabilidade do Ensino Superior, estudo produzido pela Assessoria Econômica do Semesp. “Nos três primeiros meses do ano, o saldo de empregos das pessoas com Ensino Superior foi positivo em cerca de 100 mil novos postos de trabalho com carteira assinada. O profissional qualificado é um pouco mais blindado à crise”, conclui Capelato.

Entre janeiro e março de 2018, a quantidade de pessoas com Ensino Superior completo empregadas subiu 2,2%, enquanto que, no mesmo período, o número total de pessoas com emprego no País caiu 27,8%.

Saldo de empregos no Brasil

Período Nº empregados com ensino superior completoNúmero total de empregados
janeiro/2018 24.742 77.822
fevereiro/2018 48.923 61.188
março/2018 25.296 56.151
Fonte: Semesp (Índice de Empregabilidade do Ensino Superior – 1º trimestre de 2018)

A área que apresentou o maior saldo de empregos entre as pessoas com Ensino Superior completo no primeiro trimestre de 2018 foi a dos profissionais com diploma de licenciatura. O número de licenciados admitidos, subtraindo a quantidade de demitidos, foi de 53.317.

Em segundo lugar, aparece a área de Administração, com um saldo de 12.316 profissionais com Ensino Superior empregados. Na sequência, aparecem as áreas de Enfermagem (2.120), Tecnologia da Informação (1.932), Recursos Humanos (471), Direito (287) e Logística (208).

A única área presente no índice que apresentou saldo negativo de pessoas com Ensino Superior completo empregadas foi a Engenharia, com uma redução de 123 postos de trabalho para pessoas qualificadas. “O saldo negativo em Engenharias mostra que infraestrutura e indústria ainda não se recuperaram da crise, pois são as que mais geram emprego para esta área”, comenta Capelato.

Diploma de faculdade é sinônimo de maiores salários

Além de terem mais estabilidade no trabalho, o Índice de Empregabilidade do Ensino Superior mostra que os profissionais com diploma de faculdade também têm salários mais altos em relação aos trabalhadores com Ensino Médio completo.

O que também chama a atenção, nesse quesito, é a diferença salarial existente entre homens e mulheres, independentemente do nível de escolaridade.

Mulheres entre 19 e 24 anos com diploma de faculdade ganham, em média, R$ 1.861,86; sem faculdade, a média feminina cai para R$ 1.131,49. Homens com Ensino Superior completo, na mesma faixa etária, recebem, em média, R$ 2.168,16; com escolaridade até Ensino Médio, a média salarial masculina para essas idades é de R$ 1.174,94.

Na faixa etária acima de 65 anos, os homens ganham até 77% a mais que as mulheres. De 50 a 54 anos, os homens têm salário 52% superior ao das mulheres. De 40 a 44 anos, a diferença cai para 36%. Já entre os mais jovens, de 19 a 24 anos, a variação é de 13%.

Agora é a hora

Estar matriculado em uma instituição de ensino superior já é suficiente para elevar a renda do trabalhador. Aos dezoito anos, um rapaz que cursa graduação recebe em média R$ 1.389,79. São R$ 294,26 por mês a mais do que um jovem fora do ensino superior. Entre as mulheres a diferença é ainda maior. Uma aluna de nível superior recebe salário mensal médio de R$1.691,99, o equivalente a R$ 604,11 acima de uma jovem que não frequenta a faculdade.

Além do ganho de renda e da empregabilidade, fazer faculdade tem muitos outros aspectos positivos. Para quem quer ingressar nesse universo, é importante saber que as instituições de ensino estão em busca de mais alunos. As matrículas estão abertas e a oferta de vagas é superior a demanda. Desse modo, o ingresso imediato é quase certo. Apenas via plataforma Quero Bolsa há mais de 1,5 milhão de bolsas de estudo disponíveis em todo o Brasil para cursos de graduação e pós-graduação, presencial e a distância.

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Como o Quero Bolsa funciona
Passo a passo de como conseguir uma bolsa de estudos no Quero Bolsa

Para obter o benefício, basta ao candidato procurar o curso de interesse, efetuar a inscrição no site e, em seguida, pagar a pré-matrícula para garantir a bolsa. Tudo isso, sem qualquer burocracia ou necessidade de comprovação de renda. “Após concluir o processo na plataforma, deve comparecer à instituição de ensino escolhida para prosseguir com os trâmites da matrícula”, explica Marcelo Lima, diretor de relações institucionais do Quero Bolsa.

O executivo ressalta que a opção é diferente dos moldes do financiamento estudantil, uma vez que o aluno assegura um percentual de desconto no valor da mensalidade até o final do curso e, após a sua conclusão, não precisa pagar qualquer taxa extra para o Quero Bolsa ou a faculdade. “O benefício é real e está disponível para todos”, finaliza.

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