Deputados destacam resultado positivo do transporte de órgãos pela FAB

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Da Redação – Os pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) têm agora mais uma difícil missão que faz a diferença entre perder ou salvar vidas. Desde que o presidente interino Michel Temer assinou decreto regulamentando o uso de aeronaves para transporte de órgãos em todo o território nacional, já foram realizadas 15 missões com esse objetivo. Segundo informou a assessoria da FAB, até o último dia 30 de junho foram transportados nove corações, seis fígados e dois pâncreas.

“É uma medida muito positiva”, afirma o deputado Geraldo Resende (MS). Ele avalia que é uma sinalização muito boa considerando o momento de crise econômica e na área da saúde. Segundo o parlamentar, essa decisão traz resultados imediatos para o bem da sociedade e mostra sensibilidade por parte do presidente. Para Geraldo Resende é importante que aviões permaneçam disponíveis para atender as emergências. “Alguns devem estar à disposição de situações emergenciais para salvar vidas. Acho muito positivo”.

Geraldo Resende diz ainda que a situação mostra que é preciso rever a sistemática rotineira de usar aviões da FAB. “Vamos considerar alguns critérios”, disse ele, lembrando que em alguns países, a exemplo do Canadá, entre a viagem de um ministro de Estado e de um paciente ou de órgãos para serem transplantados, é obrigatório dar preferência para salvar vidas. “Há um uso exagerado de aviões da FAB. As agendas poderiam ser readequadas e as autoridades usariam aviões de carreira”, disse. O número de 15 voos em menos de um mês se aproxima da demanda do ano passado, quando houve 24 solicitações.

A operação de transporte de órgãos para transplante exige um atendimento ponta a ponta. O médico responsável pelo transplante é quem faz a retirada do órgão, por isso uma equipe completa integra o voo. Foi assim na última quarta-feira (29), quando o piloto Fábio Rodrigues Neves embarcou a equipe do médico Heber Souza Melo e Silva para transportar um coração. O paciente que foi transplantado tem 79 anos e passa bem. “Dispomos de apenas quatro horas entre a retirada e o implante, e isso determina o sucesso da operação”, explica o médico. Para ele, o apoio da FAB é imprescindível.

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