Darlan Romani bate duas vezes o recorde brasileiro do arremesso do peso e conquista 5º lugar no Rio

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Da Redação – Darlan Romani, do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA, bateu duas vezes o recorde brasileiro do arremesso do peso e conquistou o 5º lugar na final da competição olímpica do Rio, nesta quinta-feira (18/8/2016), no Estádio Olímpico. Essa foi a primeira participação do catarinense de 25 anos na disputa, que não tinha um atleta brasileiro na prova desde Berlim/1936 – Antônio Pereira Lira disputou a qualificação 80 anos atrás.

O arremessador mostrou que chegou ao Rio no auge da forma já na disputa de qualificação, realizada pela manhã. Em sua primeira tentativa, fez 20,94 m – recorde brasileiro – e classificou-se diretamente para a final, disputada à noite. Na decisão, Darlan repetiu o feito: primeiro arremesso e novamente recorde brasileiro, 21,02 m. O americano Ryan Crouser foi o campeão com 22,52 m, batendo o recorde olímpico que durava 28 anos. Outro atleta dos EUA, Joe Kovacs, ficou com a prata (21,78 m), com o neozelandês Tomas Walsh como terceiro colocado (21,36 m).

“É muita dor, muito sofrimento e muito choro. Já passei por muita situação complicada, tive problemas nos dois joelhos, e hoje cheguei aos 21 metros. Passar essa barreira é um dos meus sonhos realizados, e em uma final olímpica, com a galera toda apoiando. Era o que eu sempre conversava com o meu treinador: fazer sua melhor performance na competição principal da temporada é maravilhoso. Esse era um objetivo nosso. É muito gratificante, não tenho palavras”, disse Darlan, que começou no atletismo em Concórdia (SC), sua cidade natal, por incentivo do irmão, e está no Clube BM&FBOVESPA desde 2014. O arremessador é orientado pelo técnico cubano Justo Navarro, dentro da parceria que o Clube BM&FBOVESPA tem com a Confederação Brasileira de Atletismo para o desenvolvimento dos arremessos, em São Caetano do Sul.

Bater recordes brasileiros não é uma novidade para Darlan, que melhorou a marca nacional pela primeira vez em 31 de março de 2012, ao alcançar 18,84 m. Em setembro do mesmo ano, o catarinense se tornou o primeiro brasileiro a superar os 20 metros, com 20,48 m. Ainda evoluiu para 20,84 m (em outubro de 2014) e chegou aos 20,90 m em abril de 2015 – na época, a marca foi a sexta melhor do mundo.

O resultado de Darlan mostra a evolução das provas de lançamentos e arremesso no Brasil. Nesta sexta-feira, outro atleta do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA, Wagner Domingos, o Montanha, entra no Estádio Olímpico do Rio para a disputa de uma decisão. O pernambucano de 33 anos está na final do lançamento do martelo, às 21h35 – passou com 74,17 m, 9ª marca entre os 12 atletas classificados. “O Brasil teve uma evolução muito grande nesse grupo de provas, a cada ano estamos progredindo cada vez mais.”

Montanha, que é orientado pelo técnico esloveno Vladimir Kevo, melhorou sua marca pessoal quatro vezes nesta temporada. A última foi em 19 de junho, durante o Campeonato Nacional da Eslovênia, quando alcançou os 78,63 m e bateu o recorde sul-americano. Seu objetivo no Rio era chegar à final – o que já conseguiu – e terminar entre os oito melhores colocados da prova.

Luiz Alberto faz melhor marca pessoal no decatlo – Na prova dos “super-homens”, Luiz Alberto de Araújo é o 10º melhor atleta do decatlo olímpico. Após dois dias de prova, o decatleta fez sua melhor marca da carreira, ao somar 8.315 pontos – seu recorde pessoal anterior era 8.276 pontos, de 2012. Com o resultado, Luiz ficou a apenas 78 pontos do recorde sul-americano da prova.

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