Da Redação – Os impactos provocados por dificuldade na área da construção civil refletem diretamente no mercado de trabalho de arquitetos e urbanistas. Se o primeiro vai mal, o segundo também sofre com os efeitos negativos. E as notícias, infelizmente, não são muito animadoras.
De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção da Grande São Paulo (Sincomavi), em junho desse ano, as vendas de materiais de construção recuaram em quase 10%, se comparadas ao mesmo período em 2015. Em 2016, o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) também estima uma queda de 20 a 25% no lançamento de empreendimentos imobiliários residenciais na capital paulista, em comparação com 2015.
“Há ainda muitas incertezas em relação à recuperação da economia brasileira. Enquanto alguns acreditam que o pior já passou, números anunciados recentemente em relação à inflação ou ao desemprego, por exemplo, ainda nos deixam em estado de alerta. E em tempos difíceis e incertos como esse, muitas famílias acabam adiando planos de reformas ou de melhorias em suas residências, ou da tão sonhada compra da casa própria. Isso, naturalmente, afeta a demanda por serviços à nossa categoria”, diz Gilberto Belleza, presidente do CAU/SP – Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, que tem mais de 45 mil profissionais e empresas registrados em todo o Estado de São Paulo.
Entre alguns estímulos para aquecer o mercado, a Caixa Econômica Federal pretende ampliar recursos e reduzir taxas de juros do Construcard, a linha de crédito do Governo para financiamento de material de construção. “Embora o crédito não possa ser utilizado para o pagamento de serviços, de mão-de-obra, apenas para a aquisição de produtos, é uma contribuição significativa para o orçamento das famílias”, diz o presidente do CAU/SP. Belleza ainda lembra que, ao contrário do que muitos imaginam, o serviço de um arquiteto custa, aproximadamente, entre 10% a 15% do valor total gasto em uma reforma ou construção.
Nenhum comentário on "Crise no mercado de construção civil afeta serviço de arquitetos e urbanistas"